Exportações de PG crescem 27% e atingem R$ 4,3 bi

Mesmo ainda faltando contabilizar o mês de dezembro, Ponta Grossa já registra, em 2017, o segundo melhor ano de sua história no quesito exportação. Os números, revelados nesta quarta-feira (6) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, apontam que entre janeiro e novembro as empresas instaladas em Ponta Grossa somaram US$ 1,33 bilhão em produtos comercializados a outros países. Convertendo esse valor em reais, baseado na cotação do último dia de novembro (R$ 3,27), o montante atingiu R$ 4,38 bilhões. Na comparação com o mesmo período em 2017, o crescimento foi de 27,6%, já que esse valor era de US$ 1 bilhão (R$ 3,4 bi) em 2016.

Na comparação com os anos anteriores, o valor somado em 2017 já alcançou a segunda maior marca da história do município. Com o resultado de novembro (R$ 309,5 milhões), a soma dos meses superou o total exportado durante 2011, que era o segundo melhor ano da história para Ponta Grossa (R$ 4,36 bilhões). No entanto, como o melhor resultado histórico foi registrado em 2008, quando as empresas somaram R$ 5,26 bilhões em produtos exportados, dificilmente esse valor será superado em 2017. 

Nos onze meses já passados de 2017, em apenas um houve um menor volume menor que o registrado em 2016, em julho (R$ 426 milhões contra R$ 376 milhões). No que corresponde ao último mês, que foi revelado nesta quarta, houve um crescimento de 14,5% em relação ao exportado a novembro de 2016 (R$ 270,3 milhões). As importações no acumulado do ano cresceram, de R$ 1,07 bilhão para R$ 1,24 bilhão, o que corresponde a uma alta de 15%. 

A elevação registrada neste ano está muito relacionada ao agronegócio. A supersafra impulsionou a venda da soja e seus derivados para outros países, mantendo sua posição como o produto mais exportado, representando 74% do total comercializado a outros países, ou algo em torno de R$ 3,24 bilhões. Em comparação ao ano passado, a elevação na exportação desse produto foi de quase 30%. O segundo produto mais exportado também é do agronegócio: açúcares de cana ou beterraba. Na terceira posição aparecem as embalagens produzidas pela Tetra Pak, seguida de painéis de madeira do tipo OSB, latas de alumínio, ferramentas elétricas e cervejas.

O secretário de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional, Paulo Carbonare, afirma que fica feliz com esse destaque do município no acumulado deste ano em termos nacionais, e que isso propicia que a cidade fique aquecida, mesmo em momentos de crise. “A principal característica da cidade é ser agrícola, o que puxa isso. Mas as exportações favorecem o desenvolvimento, temos vários segmentos que exportam, e isso segura o emprego e eleva o desenvolvimento. Por isso temos que manter isso, porque a cidade ganha muito”, diz Carbonare, afirmando que a secretaria pretende fomentar o auxílio aos empreendedores para exportar a partir do próximo ano.

Superavit cresceu mais de 30%

A balança comercial de Ponta Grossa também apresenta uma elevação no superávit neste ano. No acumulado de 2017, o saldo atingiu R$ 3,14 bilhões, montante 33,3% superior aos R$ 2,35 bilhões registrados no mesmo período em 2016. Com isso, este também é o maior valor registrado desde 2008, quando o superávit atingiu R$ 4,51 bilhões. Em âmbito nacional, Ponta Grossa tem o 23º maior saldo da balança comercial, terceiro maior do Paraná. Já nas exportações a cidade segue no ‘top 30’ nacional, ocupando a 29ª colocação. Em importações a posição é um pouco inferior, a 84ª no Brasil.

Países

A China mantém a posição de maior parceira comercial de Ponta Grossa. É o pais que mais adquiriu produtos do município, o equivalente a 22% do total. O volume é quase o dobro do enviado para a França (13,1%), segunda colocada, seguida pela Coreia do Sul (11,36%).