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Produtores da região reduzem a área plantada de trigo

Já dentro do prazo do zoneamento, plantio será intensificado na próxima semana

Imagem ilustrativa da imagem Produtores da região reduzem a área plantada de trigo

O plantio do trigo, principal cultivo da safra de inverno na região dos Campos Gerais, será reduzido neste ano. De acordo com levantamento do núcleo regional do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (SEAB), a área ocupada pelo trigo será de 130 mil hectares, ou seja, 8% menor que o utilizado para este cultivo no ano passado (141,2 mil hectares). O principal motivo seria o baixo preço pago aos produtores e a dificuldade de comercialização no ano passado. Como prevê o zoneamento agrícola, o ‘start’ foi dado no último dia 20 (sábado) e o plantio será intensificado na primeira semana de junho.

Com essa redução, entre as vinte regionais do Deral, a região de Ponta Grossa, que abrange 18 municípios, perde a liderança na área total cultivável de trigo. Para esta safra, a previsão é de que a liderança, na área, fique com a região de Cornélio Procópio, localizada na região do Norte Pioneiro, que plantará 142 mil hectares de trigo. Porém, falando em produção total, os Campos Gerais deve se manter na liderança, como praxe. Com um rendimento esperado de 3,5 mil quilos por hectare, devem ser colhidos 455 mil toneladas dos campos da região. Cornélio Procópio, como tem um rendimento abaixo, estimado em 2,8 mil hectares terá uma produção total próxima a 400 mil toneladas. No ano passado, a área plantada na região foi de 141,2 mil hectares, que renderam 559,8 mil toneladas, com um rendimento de 3.965 quilos por hectare.

Como recorda Luiz Alberto Vantroba, economista do Deral na região, a safra passada foi muito positiva, com alta produtividade e ótima qualidade. No entanto, o preço deixou a desejar “Além dos preços baixos, foi muito devagar a comercialização, estava difícil vender, não tinha aquela liquidez. E trigo é complicado, porque tem a Argentina que planta e outros países do mundo inteiro. Então o preço é regido pelo comércio internacional, sem muita possibilidade de alteração”, informa, lembrando que cerca de 50% do trigo consumido no Brasil é importado. 

Como o prazo de plantio se estende até 10 de julho, Vantroba acredita que alguns produtores podem voltar atrás e plantar trigo, reduzindo esse déficit em relação ao ano passado. Como a procura é baixa, o preço da semente para o plantio, inclusive, caiu, reduzindo os custos iniciais. “Ainda tem tempo e alguns produtores ainda estão em processo de decisão”, conclui o profissional na região. 

Plantação de aveia e cevada terão alta na safra de inverno

Se o cultivo de trigo não está empolgando os produtores, alguns cultivos estão elevando, embora em pouca escala, a área plantada. Como deixar o solo a pousio não é interessante, muitos preferiram optar pela aveia preta e branca. Entretanto, segundo Vantroba, esse plantio é mais para cobertura de solo do que para comercialização, destacando a pecuária leiteira dos Campos Gerais. “É mais para a cobertura, porque aproveitam para fazer o plantio direto. A aveia forma uma boa palhada”, informa. 

No caso da cevada também há um aumento na área cultivada, de 9,5 mil hectares para 12 mil hectares, em uma alta de 23%. Segundo ele, esse plantio sempre ocorre com contratos. “Se não plantar sem contrato com os representantes fomentadores, fica muito difícil para comercializar”, lembra. Por outro lado, outros três cultivares de inverno, a canola, o centeio e o triticale seguem a tendência do trigo e terão redução na área plantada.

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