Temer e Richa inauguram fábrica da Klabin de R$ 8,5 bi nesta terça

Será inaugurada, na manhã desta terça-feira, no município de Ortigueira, na Região dos Campos Gerais, a Unidade Puma, fábrica de celulose construída pela Klabin. Do lançamento da pedra fundamental, em março de 2014, ao início da operação, em março de 2016, foram exatos dois anos de obras, cumprindo o cronograma previsto. O investimento total no projeto, somando os aportes em infraestrutura, passou dos R$ 8,5 bilhões. Para a cerimônia deste, que é considerado o maior investimento privado da história do Estado do Paraná, estarão presentes, entre outras autoridades, o Presidente da República em Exercício, Michel Temer; o Governador Beto Richa; e o diretor-geral da Klabin, Fabio Schvartsman.

O empreendimento foi construído na região conhecida como ‘Campina dos Pupos’, na zona rural, localizada exatamente no meio da distância entre a área urbana dos municípios de Ortigueira e Telêmaco Borba. Estruturada em uma área de 8,3 milhões de metros quadrados, o parque fabril ocupa uma área construída de 1,45 milhão de metros quadrados. Durante as obras de construção, somando com as pessoas que executavam a infraestrutura, mais de 15 mil pessoas trabalharam no projeto no pico das obras. Desde o início das obras até a conclusão, quase 40 mil pessoas foram envolvidas. Tudo isso para uma fábrica capaz de produzir 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano, sendo 1,1 milhão de toneladas de celulose branqueada de fibra curta (eucalipto) e 400 mil toneladas de celulose branqueada de fibra longa (pínus), parte convertida em celulose fluff - é a única unidade industrial do mundo projetada para a produção das três fibras. Considerando as atividades industriais e florestais, a unidade em capacidade total de produção, gerará 1,4 mil empregos diretos e indiretos.

“Foi um grande desafio transformar em realidade um projeto de tamanha complexidade. Executamos as obras com eficiência, segurança e agilidade, ao mesmo tempo em que investimos em treinamentos e capacitações para a população local, obras de infraestrutura e ações sociais, contribuindo para o desenvolvimento da região”, informou o diretor de Projetos e Tecnologia Industrial, Francisco Razzolini, na cerimônia de início de produção da unidade.

Daniel Fartura, secretário de Indústria, Comércio e Turismo de Ortigueira, disse estar muito honrado com a inauguração, e relata que o empreendimento, com a geração de impostos, já reflete em obras no município. “Isso trouxe recursos e ampliou as verbas investidas na cidade. Pegamos o município com 15% da área com rede de esgoto, e vamos concluir essa gestão com 90%. O número de ruas asfaltadas também cresceu para 90%. Há mais escolas e a educação está, também, com maior qualidade”, informa, relatando que há a expectativa de que a arrecadação do município vá mais do que dobrar.

Fábrica fomentará a economia

O empreendimento já está fomentando a economia do município. Conforme explica o secretário, “com um investimento magnânimo, de grande monta como o da Klabin, muitas empresas virão para suprir as necessidades da empresa, trazendo outros investimentos”. Um exemplo é a Agroroque, empresa especializada em serviços de terraplanagem, abertura de estradas e locação de máquinas e equipamentos, sobrevivia de pequenos contratos até fechar negócio com a Klabin na área de reflorestamento. “Nosso trabalho é abrir as estradas para que a empresa possa retirar a madeira da floresta que será usada na fabricação de papel e celulose”, diz Amável Diniz Roque, proprietário da empresa a qual elevou o número de funcionários em vinte vezes.

Imposto será partilhado entre municípios

Um convênio assinado entre a Klabin e o Governo do Paraná e municípios consolidou a partilha da cota parte de ICMS. Pelo acordo, Ortigueira ficará com 50% da cota parte do ICMS gerado pelo empreendimento. Os outros 50% da cota parte do imposto serão divididos entre os municípios que fornecem madeira para a fábrica: Cândido de Abreu, Congoinhas, Curiúva, Imbaú, Reserva, Rio Branco do Ivaí, São Jerônimo da Serra, Sapopema, Telêmaco Borba, Tibagi e Ventania.

Usina

A nova fábrica também terá duas das maiores turbinas para geração de energia elétrica já fabricadas no mundo para a indústria de papel e celulose. A Unidade terá capacidade de produzir 270 MW, sendo 150 MW excedentes (o suficiente para abastecer uma cidade de 500 mil habitantes), elevando a Klabin à condição de autossuficiência em geração de energia elétrica