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Márcio Pauliki e a corrida pela Prefeitura em 2016

Eleito deputado estadual em 2014, com um total de 62.762 votos, o empresário Márcio Pauliki (PDT) é, novamente, um dos nomes que emergem no tabuleiro eleitoral de Ponta Grossa, como pré-candidato a prefeito. Pauliki surge como um dos principais oponentes à sucessão do prefeito Marcelo Rangel (PPS) por diversos motivos.

Primeiro porque possui mandato na Assembléia Legislativa, o que lhe confere um inegável poder de articulação política. Segundo porque já vem de uma disputa pelo Palácio da Ronda na qual obteve nada menos do que 30,01% dos votos válidos, com a soma de 53.517 votos. Esses números, isoladamente, já seriam bastante expressivos. Mas ganham um relevo ainda maior quando contextualizados.

Pauliki ficou em terceiro no primeiro turno das eleições municipais de 2012, numa das disputas mais apertadas da história política de Ponta Grossa. O segundo colocado, o também deputado estadual Péricles de Holleben Mello (PT), avançou para o segundo turno das eleições com 32,42% dos votos válidos, e um total de 57.811 votos. Ou seja, exatos 4.294 votos à frente de Pauliki, o que num colégio eleitoral como o de Ponta Grossa é quase nada. E a diferença entre Péricles e o vencedor do primeiro turno das eleições municipais, Marcelo Rangel, foi ainda menor: somente 1.822 votos. Rangel teve 33,44% dos votos válidos, somando 59.633 votos.

O que se conclui, então, é que a eleição municipal de 2012 foi decidida nos detalhes. Os números do primeiro turno revelam que o eleitorado estava completamente dividido e os fatos ocorridos nas últimas horas que antecederam a votação foram determinantes. O grupo de Pauliki culpa, até hoje, o Ibope, que na véspera da eleição divulgou pesquisa colocando-o em desvantagem. Se o Ibope não tivesse sido divulgado, será que o resultado seria outro? Ou não? Isso só Deus sabe.

Mas o fato é que, apesar da derrota em 2012, Pauliki saiu bastante fortalecido das urnas, e dois anos depois tornou-se deputado estadual e hoje, ao lado do ex-senador Osmar Dias, é um dos caciques do PDT no Paraná. Na esfera municipal, o partido de Pauliki faz oposição ao governo de Rangel. Talvez as desavenças pessoais que no passado distanciaram o agora deputado e o atual prefeito os impeçam de buscar uma aproximação política maior. Tanto que os dois tendem a rivalizar no ringue eleitoral de 2016.

Entretanto, no âmbito estadual, Pauliki tem demonstrado diplomacia e habilidade política, com uma aproximação silenciosa e estratégica com o deputado Plauto Miró Guimarães (DEM), o presidente da Assembléia, Ademar Traiano (PSDB) e o próprio governador Beto Richa (PSDB). E não será surpresa se essa aproximação interferir nas composições partidárias visando a disputa do Palácio da Ronda.

Hoje, DEM e PSDB estão sim fechados com o grupo de Rangel. Mas se amanhã ambos os partidos, que sempre caminharam juntos, não tiveram espaço suficientemente satisfatório no projeto político de reeleição de Rangel, nada impede democratas e tucanos de trilharem outros caminhos.

Neste caso, uma aliança com o PDT de Pauliki pode surgir como uma opção. Até porque nas mesmas trincheiras em que travam luta os pedetistas e aliados de Pauliki, também está o exército forte do deputado federal Aliel Machado (Rede). Os dois grupos já anunciaram que irão engrossar as mesmas fileiras no ano que vem. E assim como conversam com o DEM e o PSDB, Pauliki e Aliel se articulam visando alianças com outros partidos.

Ou seja, 2016 promete... Enquanto o grupo de Marcelo Rangel se empenha para manter os aliados sob o seu comando, seus possíveis adversários intensificam as tratativas no sentido de dizer que estão de portas abertas para receber os eventuais dissidentes.

Abafadonas...

***O deputado estadual Aliel Machado irá se ausentar do cenário político nos próximos dias. Motivo: chegada de seu filho, prevista para hoje. Mas é claro que entre uma troca de fralda e outra, estará de antenas ligadas para acompanhar as movimentações, já intensas, acerca da composição do cenário eleitoral do ano que vem em Ponta Grossa.

***O clima promete esquentar nos próximos dias na Câmara Municipal. Um grupo de vereadores está incomodado com a informação recorrente de que um cacique da política paranaense estaria infiltrado no Palácio da Ronda, sem cargo concursado ou comissionado, mas com poderes administrativos e políticos de dar inveja a muita gente. Esperar para ver...

***Apesar de todo desgaste político que teve no começo do ano, o governador Beto Richa ainda goza em Ponta Grossa de uma reserva de prestígio político, que, se bem trabalhada, pode voltar a patamares extraordinários. Neste sentido, as escolhas das parcerias políticas que o Palácio do Iguaçu fizer neste momento certamente irão interferir na imagem do governo e no futuro político de Richa por estas bandas.

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