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Aliel e a conquista da maternidade para PG

Se a aliança entre o deputado federal Aliel Machado (Rede) e o ex-prefeito Jocelito Canto (PSC) nas eleições municipais do ano que vem irá prosperar, só Deus sabe. Mas o fato é que a parceria política entre os dois acabar de resultar numa conquista histórica para Ponta Grossa. Na quinta-feira passada, Aliel anunciou a inclusão de uma emenda, de sua autoria, no valor de R$ 4 milhões, no Orçamento da União do próximo ano, contemplando projeto de construção de uma maternidade pública municipal.

Pelo projeto, que vinha sendo discutido há vários meses, a partir de uma provocação feita por Jocelito, a maternidade será construída junto ao Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais. Trata-se de uma conquista histórica porque ainda hoje Ponta Grossa aparece no ranking paranaense como uma das cidades com os maiores índices de óbitos de recém-nascidos. Dados oficiais apontam o registro de 221 mortes de recém-nascidos na cidade nos últimos três anos. Essa estatística inclui também filhos de gestantes de municípios da região, que recorrem a estrutura hospitalar de Ponta Grossa para realizar o parte.

O dado é tão alarmante que até uma Comissão Especial de Investigação (CEI) das Maternidades chegou a ser instalada na Câmara Municipal. Num primeiro momento, as atenções dos vereadores voltaram-se especialmente às denúncias de irregularidades no Hospital Evangélico, responsável por grande parte dos partes realizados na cidade. Um parecer da Vigilância Sanitária entregue aos parlamentares da CEI apontou inúmeras infrações às normas sanitárias vigentes, dentre elas a falta de garantias ‘de higienização e desinfecção dos materiais e equipamentos de uso coletivo’, além da ‘ventilação comprometida sem aprovação da estrutura física’ na sala de cinco leitos.

O trabalho da CEI das Maternidades, presidida pelo vereador Pietro Arnoud, ainda não chegou ao fim, mas algumas conclusões parecem óbvias. Tudo o que foi apurado até agora apenas confirma que muitos dos recém-nascidos que morrem em Ponta Grossa certamente sobreviveriam se a estrutura hospitalar na cidade fosse minimamente adequada. E, neste sentido, quem mais sofre é justamente a população menos abastada, que não pode pagar por um atendimento particular, e precisa se submeter aos hospitais conveniados ao SUS (Sistema Único de Saúde). Lamentavelmente, neste País, saúde hoje virou balcão de negócios. O que mais importa é o lucro. A vida fica em segundo plano.

E os outros deputados?
Neste sentido, a construção de uma “maternidade pública e municipal” representa uma demanda mais que urgente. Porque é uma alternativa para salvar vidas. É preciso que o envolvimento do deputado federal Aliel Machado (Rede) com essa causa contagie também outras lideranças de nossa cidade e região. Assim como Aliel, outros deputados federais com representação nos Campos Gerais podem destinar parte de sua cota de R$ 15 milhões em emendas impositivas – aquelas que o governo federal é obrigado a liberar – para a nova maternidade. É uma questão de prioridade!

Nossos deputados estaduais também podem e devem empunhar essa bandeira. É importante que eles acompanhem e participem da reunião que será realizada na próxima segunda-feira, entre a diretoria do Hospital Regional e a Secretaria de Estado da Saúde para discutir a inclusão da maternidade no programa de obras da Lei Orçamentária Anual (LOA) do governo de 2016. Juntos, os deputados podem pressionar para que o governo do Estado garante a destinação de recursos para o projeto.

Tudo bem que as eleições municipais se avizinham e cada grupo tem o seu projeto para a disputa da Prefeitura. Mas os interesses eleitorais não podem se sobrepor as demandas dos cidadãos ponta-grossenses e dos Campos Gerais. Se a emenda de Aliel vai lhe render votos ou não, isso pouco importa neste momento. O mais importante é que a emenda foi apresentada e o dinheiro da maternidade está garantido. Oxalá outros políticos com mandato e representação em nossa região sigam o mesmo caminho e se engajem nessa luta...

ABAFADONAS
***Por muito pouco um equívoco no Jornal da Manhã não resultou na declaração de terceira guerra mundial por parte de um grupo de vereadores contra o deputado estadual Márcio Pauliki. Na edição de quinta-feira passada, no espaço Debates, o JM publicou um artigo assinado por Pauliki. Porém, por falha de edição do jornal, o título do artigo era do deputado, mas o texto era de outro artigo, assinado por outro autor. O texto publicado na quinta pertence a Matheus Fernandes, e é republicado hoje. Neste, Fernandes se posiciona contra a a ideia de importação do projeto de lei “Escola Sem Partido” para Ponta Grossa.

***O equívoco do JM também foi corrigido na edição de ontem, quando foi publicado o texto correto de Pauliki, sobre exemplos de Londrina que demonstram a importância da técnica na política. Apesar do desgaste com alguns vereadores, Pauliki diz ter recebido diversas manifestações de apoio de grupos em virtude do texto atribuído a ele, contra o projeto defendido pela recém-criada “Frente Parlamentar em Defesa da Vida e da Família”. E não por acaso! A proposta de proibir conteúdos e opinião de professores em salas de aula é simplesmente ridícula. Um retrocesso. Verdadeiro atentado ao Estado de Direito. Esse projeto seria mais útil à sociedade se fosse implantado em algumas Câmaras. Com restrição de discussões acerca de bagagens e politicagens!

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