Debates
Fundamentais para o desenvolvimento sustentável da nossa sociedade
Da Redação | 12 de outubro de 2018 - 01:10
Por Ricardo Rocha
No dia 12 de Outubro de 1933, o Presidente Getúlio Vargas
regulamentava a profissão de Engenheiro Agrônomo, por meio do Decreto 23.196.
Esta foi uma grande conquista para uma categoria que representa, atualmente,
mais de 17.000 profissionais registrados no Crea-PR.
Nos últimos cinco anos, o crescimento de registros desta
modalidade tem sido da ordem de 500 profissionais/ano. Em todo o Paraná, os
Engenheiros Agrônomos são os profissionais do sistema Confea/Crea que se
apresentam mais uniformemente distribuídos. Dos 399 municípios do Estado, há
presença de Engenheiros Agrônomos em 398. Apenas Nova Aliança do Ivaí, cidade
com segunda menor população do Estado, não conta com Engenheiros Agrônomos
registrados no nosso Conselho. Em todas as demais, eles colorem de verde o Mapa
de Registro de Profissionais do Paraná (Livro de Mapas do Crea-PR),
desenvolvendo diversas atividades relacionadas à produção agrícola e
integrando, com seus conhecimentos e experiências, perspectivas de rendimento e
qualidade das culturas, de forma a conservar os recursos naturais e proteger o
meio ambiente, a exemplo do uso racional e sustentável do solo e da água, sem
descurar-se da segurança e da inoqüidade alimentar.
No Paraná, nossa relação com a Agronomia e suas conquistas é
fundamentalmente associada ao desenvolvimento do Estado. Os profissionais
Engenheiros Agrônomos estão presentes em empresas públicas e privadas, gerando
e transferindo conhecimentos e práticas para a agropecuária e todas as cadeias
produtivas integradas.
Estão nas nossas importantes cooperativas agroindustriais,
dando apoio à implantação, inovação e acesso de tecnologias aos cooperados; nos
diversos órgãos públicos (SEAB, IAPAR, EMATER, ADAPAR, CODAPAR, EMBRAPA),
produzindo tecnologias avançadas para a agricultura, realizando a extensão
rural e o controle, certificação e fiscalização da qualidade dos insumos e
produtos utilizados e gerados; nas universidades e institutos de
pesquisa, atuando na produção de novos conhecimentos e no importante processo
de formação de profissionais de qualidade; e nas empresas de planejamento
rural, com ações nos diversos elos da cadeia de produção de insumos agrícolas,
seja na produção de tecnologias, ou na assistência durante e após a colheita.
Como paranaense, convivi e aprendi com vários profissionais da Agronomia o significado de muitos conceitos desenvolvidos e aplicados efetivamente na agricultura e agroindústria de nosso Estado. Entre eles, Plantio Direto; Conservação de água e solo por meio de gerenciamento participativo em Microbacias; Plantio em curvas de nível para evitar erosões e direcionar os fluxos das águas e Agricultura de precisão. Cabe destacar também, que o fértil solo paranaense foi e continua sendo fonte de pesquisas mundialmente reconhecidas, realizadas por Agrônomos atuantes em Institutos de nosso Estado. Cito aqui dois exemplos na cultura da soja: o uso de inseticida biológico (baculovirus) para o controle da lagarta-da-soja, e a fixação biológica de nitrogênio.
O Crea-PR desempenha um importante papel nesta ampla e
efetiva participação dos Engenheiros Agrônomos em nossa sociedade, exercendo
ações de promotor das condições para o exercício ético da profissão, e de apoio
à discussão dos rumos e do aprimoramento das atividades profissionais.
Durante toda esta semana, perguntamos em nossas mídias
sociais como as pessoas imaginariam um dia, um ano, uma vida sem feijão, arroz,
legumes, soja, milho, algodão ou cana-de-açúcar. Impossível, certo? Pois, por
trás de cada uma dessas culturas, está o trabalho de um Engenheiro Agrônomo e
de uma Engenheira Agrônoma. Impossível pensar a vida sem eles, agentes
fundamentais do desenvolvimento sustentável da nossa sociedade.
Em nome do Crea-PR, parabenizo a todos os profissionais Engenheiros Agrônomos pelo dia 12 de Outubro.
Engenheiro Civil Ricardo Rocha - Presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná – Crea-PR