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Conheça as mudanças do Plano Safra 2018/2019
Da Redação | 17 de agosto de 2018 - 00:42
Por Marilucia Dalfert
Em junho, o Governo Federal lançou o Plano Safra 2018/2019,
no qual serão disponibilizados em crédito rural os montantes de R$ 194,4
bilhões para agricultura empresarial e de R$ 31 bilhões para agricultura
familiar, volume 3% maior que o período anterior.
Entre as principais novidades desta edição do Plano Safra,
destaca-se a redução nas taxas de juros. Na agricultura empresarial, no âmbito
do Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural), a taxa caiu de
7,5% para 6% e, para os “Demais Produtores”, de 8,5% para 7%. Na agricultura
familiar, atendida pelo Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar), o mínimo permaneceu em 2,5% e o máximo teve uma redução
de 5,5% para 4,6%.
O enquadramento da renda dos produtores rurais teve um
aumento. No Pronaf, passou de R$ 360 mil para R$ 415 mil. Já no Pronamp, a
renda máxima atual é de R$ 2 milhões, sem a necessidade agora de verificar se
parte da renda bruta é oriunda de atividade agropecuária.
Outra mudança foi no tocante aos limites de preços dos
serviços de assistência técnica contratados pelo produtor. A partir de 1º de
julho deste ano, não há mais limitação no preço dos serviços da prestação
destes serviços, que até então era de 0,5% para a elaboração de projetos e de
2% para o acompanhamento técnico da produção. Para o Plano Safra 2018/2019, o
valor passa a ser de livre negociação entre o produtor rural e o prestador de
serviço.
Além disso, volta a ser possível o financiamento de insumos
adquiridos em até 180 dias antes da formalização do crédito de custeio, desde
que seja apresentada a nota fiscal no momento da contratação da operação. Vale,
no entanto, alertar que é preciso ter cautela, pois os insumos devem ser
compatíveis com os empreendimentos financiados. Se o produtor rural formalizou
o protocolo de intenção de financiamento junto à sua agência bancária, é
dispensada a exigência da apresentação das notas fiscais.
Para atender às necessidades dos seus associados, o Sicredi
disponibiliza linhas de crédito para custeio, comercialização, industrialização
e investimento. No Plano Safra 2018/2019, o Sicredi passa a contar com o Protec
Agro, ferramenta de confecção de projetos técnicos que tem por objetivo
facilitar a troca de informações entre assistência técnica e as cooperativas de
crédito filiadas à instituição financeira cooperativa que, atualmente, conta
com mais de 3,8 milhões de associados e atuação em 22 estados e Distrito
Federal.
Neste Plano Safra 2018/2019, o Sicredi prevê um aumento de
13% em relação ao volume de recursos disponibilizados na edição precedente – a
meta é disponibilizar mais de R$ 16,1 bilhões em crédito rural, com a
estimativa de alcançar mais de 213 mil operações, sendo aproximadamente R$ 14,2
bilhões para as operações de custeio, comercialização, industrialização e
investimento, e R$ 1,9 bilhão em operações de investimento com recursos do
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Não por acaso, o
Sicredi é a terceira instituição financeira em concessão de crédito rural e o
primeiro em repasse do Pronaf.
Por isso, neste momento, recomendamos aos associados que
procurem a agência do Sicredi, para que os colaboradores da instituição
financeira cooperativa possam orientá-los, de acordo com seus perfis, a
respeito dos mais apropriados produtos e serviços disponíveis, a fim de manter
o crescimento de seus negócios, sempre de forma responsável e sustentável. Esta
é mais uma maneira de o Sicredi contribuir com o desenvolvimento socioeconômico
regional e local, que beneficia não somente seus associados, mas a toda a
comunidade nas quais atuam as cooperativas de crédito e, também, o Brasil como
um todo.
Marilucia Dalfert é gerente de Crédito Rural do Banco Cooperativo Sicredi