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Intervenção: como entendê-la num momento de fragilidade e omissão

Imagem ilustrativa da imagem Intervenção: como entendê-la num momento de fragilidade e omissão

Por Miryan Lourenço

Apesar das supostas motivações duvidosas que levaram o pedido da intervenção Federal no Rio de Janeiro às pressas, não sabemos se foi o fracasso na votação da Previdência Social, uma possível atitude eleitoreira para alavancar o presidente Michel Temer a sua candidatura no pleito presidencial de 2018, ou o caso recente envolvendo Fernando Segovia e a troca do delegado chefe Baida Filho que investiga o caso Rodrimar,  após comunicação do seu afastamento, no momento está de férias nos EUA . 

Relembrando o depoimento do executivo Ricardo Mesquita ligando Rodrigo Rocha Lores (PMDB-PR) como sendo interlocutor de Temer no  suposto favorecimento da operadora de terminais Rodrimar.

Em meio ao arcabouço teórico, vale ressaltar que não resta dúvida que as ações do Governo do Estado  contra o crime no Rio de Janeiro chegaram ao seu limite extremo, não conseguindo com sucesso recuar o avanço do crime organizado, através de uma política pública ineficiente, corroída ao longo do tempo pela malversação do erário público e a contaminação generalizada do Estado por uma corrupção endêmica.

Uma Intervenção Militar Federal à brasileira, será que dará certo? Quais os riscos? O que consta na Constituição sobre a GLO (Garantia da Lei e da Ordem) é uma medida provisória que concede ao Exército o poder de polícia quando há o esgotamento de todas as forças de segurança pública. O ministro Raul Jungmann descartou essa possiblidade. Ongs dos Direitos Humanos e mesmo a OAB entraram com o pedido para retirar da autoridade militar o direito de entrar nos imóveis, caso necessário. Fica difícil em um morro identificar números e nomes de ruas, pois não há, sabe-se da expertise usada pelos traficantes.

General Heleno adverte que não adiantará só o patrulhamento de GLO. As FFAA precisam de um suporte jurídico para que possam ter sucesso. General Vilas boas quer um respaldo para os seus militares. Não quer ver acontecer mais uma Comissão da Verdade e a imagem do valoroso Exército de Caxias cair no descrédito.

O que adianta apenas uma sensação de tranquilidade? O que adianta uma sensação de segurança sendo que após dez meses é o prazo do  Exército para resolver uma situação tão árdua e espinhosa, colocando a vida de militares em risco,  como seguranças de ruas e calçadas - um alvo fácil para os traficantes armados até os dentes, com armas potentes. Com certeza se houver baixa de civis em confronto, o ônus recairá sobre os militares, não tenho dúvida.

No momento não dá para se ter certeza do resultado efetivo e possíveis complicadores para os outros Estados na possível fuga dos bandidos ou outras situações temerárias. Lembrando que a Colômbia só venceu o tráfico com o Exército fazendo o que está nas pautas da ONU, atirar, e o uso da força que é peculiar ao Exército em regime de guerra. Foi assim também no Haiti.

A atitude prioritária anterior ao pedido de uma IMF  seria uma auditoria irrestrita pelos militares em todos os órgãos públicos do Estado. Todos, sem exceção, colocar ordem na casa e arrancar a árvore podre e o cupinzeiro. Nada mais eficiente que um  tribunal militar  para possíveis servidores que pactuam com o crime.

O momento não é fácil, precisamos repensar nossas atitudes, nos envolver mais com os caminhos da nossa nação. Deixamo-nos por muito tempo à deriva e em mãos enganosas e inescrupulosas. Triste constatação! 

Toda atenção ao norte do nosso país. Roraima está passando por momentos dificílimos com a desenfreada imigração venezuelana, e dentre eles poderão vir milícias cubanas assim como qualquer outra persona non grata, ou em bom português: bandido mesmo, terrorista, patrocinada pela nova lei de migração.

Vamos aguardar.   

Por Miryan Lourenço é designer e adepta à acupuntura e medicina chinesa

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