Debates
A nova liderança do agronegócio mundial
Da Redação | 18 de novembro de 2017 - 03:39
Por José Luiz Tejon Megido
O NAL – New Agribusiness Leadership, ou em português, Nova
Liderança do Agronegócio, um novo conceito sobre liderança no agronegócio
mundial inclui toda a sociedade, pois cada vez mais o alimento será sinônimo da
saúde do futuro, não apenas humana, mas do planeta terra, e não haverá mais uma
zona rural ou urbana, e sim uma só coisa: a vida.
Há uma busca de valores e harmonia entre o crescimento da
produção de alimentos e o mundo devido aos rigores de preservação do meio
ambiente, das condições de trabalho e do uso ético da ciência e tecnologia,
onde os jovens estão retornando ao campo e as mulheres agora estão na
liderança.
As novas propostas do NAL não estão mais contempladas nas
visões da esquerda ou da direita, mas nas angulações ideológicas de condução da
humanidade na terra a partir de generalizações da bondade e da maldade, já tão
bem espatifadas pelos existencialistas, como por exemplo, Jean-Paul Sartre,
filósofo, escritor e crítico francês, conhecido como representante do
existencialismo numa celebre e eterna obra teatral chamada “O Diabo e o bom
Deus”.
As novas lideranças do agronegócio não aceitam mais
existirem no Brasil devido aos 80 milhões de hectares dados para a Reforma
Agrária, onde nenhum dos seus assentados tem o título da terra (coisa de uma
esquerda dinossáurica e parasitária da vitimização).
A falta sensibilidade nos discursos da direita (achando que
tudo se resolve pelas leis do mercado, pelo talento dos mais fortes) sugere
ignorar a gigantesca massa humana da base da pirâmide do planeta, onde 70% da
população detêm apenas 3% da riqueza. Os acordos da elite empresarial com o
Estado significariam um mar de almirantes para o falso progresso.
As maldades bem intencionadas ou não praticadas, tanto por
linhas políticas da esquerda ou da direita não nos servem mais. A lentidão e os
maldosos sistemas falidos de governança não vingarão nos próximos dez anos.
Quanto o Brasil estará produzindo de grãos, carnes,
celulose, hortifruticultura, agroenergia, fibras, borracha, cacau e café em
2030?
Aproximadamente três vezes mais do que hoje. E sua agroindústria,
competindo com chineses, indianos, vietnamitas e americanos, como ficará? Qual
será a área “agricultável”? Com certeza na mesmíssima área usada hoje, porém,
não será preciso desmatar mais nada, pois temos abundância naquilo que já
desperdiçamos.
Não poderemos tolerar 80 milhões de HA com Reforma agrária
improdutiva, nem 100 milhões de áreas de pastagens degradadas; não iremos
tolerar tudo isso com desperdícios (como o de 30% da comida jogada fora) sem o
uso ético da ciência.
A ida ao futuro não será feita com a máquina do presente.
Iremos ao futuro com uma nova liderança do agronegócio – que já nasceu – e está
em vigor, só falta aparecer e assumir as posições… e isso precisará ser feito
com a saída das velhas gerações.
Portas abertas para o NAL – New Agribusiness Leadership! Uma
nova liderança do agronegócio, onde micro, pequenas, médias e áreas de grande
escala serão compatíveis com uma nova era onde o predomínio será do valor da
cooperação, e teremos nas cooperativas a dignidade capilar da legítima
democracia, bem como a sociedade civil organizada na governança do que
aparelhos estatais, onde até a China e seu partido comunista severo e rigoroso
entenderam a importância de saber usar como ninguém o lado criativo e dsruptivo
do capitalismo.
Uma resposta para “A nova liderança do agronegócio mundial”.
Por José Luiz Tejon Megido, Conselheiro Fiscal
do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) e Dirige o Núcleo de
Agronegócio da ESPM.