Debates
Desenvolvimento do Estado
Administrador | 23 de setembro de 2016 - 03:58
Por Marcello Richa
O ranking de Competitividade dos Estados Brasileiros de
2015/2016, elaborado pela consultoria britânica Economist Intelligence Unit
(EIU) e divulgado nesta segunda-feira (19), apontou que o Paraná manteve a
posição conquistada no estudo anterior e segue como o segundo estado mais
competitivo do Brasil, atrás apenas de São Paulo.
O resultado mostra a consolidação das políticas públicas que
ajudaram a mudar o cenário no Estado, uma vez que ele analisa todas as
unidades da federação de acordo com 65 indicadores dentro de 10 pilares
considerados essenciais para o bom ambiente de negócios: infraestrutura,
sustentabilidade social, segurança pública, educação, capital humano, solidez
fiscal, eficiência da máquina pública, sustentabilidade ambiental, potencial de
mercado e inovação.
Para ter uma visão mais concreta dos avanços que o Paraná
alcançou nos últimos anos vale uma análise comparativa. De acordo com
dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o Paraná tem a
6ª maior população do país (com um pouco mais de 11 milhões de habitantes) e
possui a 15º maior extensão territorial. Até 2011 ocupávamos a quinta posição
nacional em economia, competitividade e índice de desigualdade social.
A partir do início de 2011, quando o governador Beto Richa
iniciou seu primeiro mandato, o estado adotou uma gestão municipalista, com
diálogo constante com a iniciativa privada, responsabilidade fiscal e foco em
áreas prioritárias, muitas delas abandonadas por gestões anteriores.
Com investimentos recordes na educação, saúde, habitação,
segurança e estrutura, o Paraná avançou muito em pouco tempo. Apenas para citar
alguns exemplos, nesse período surgiram iniciativas como o Paraná Competitivo,
que atraiu mais de 40 bilhões em investimentos que geraram emprego e renda para
a população; o Família Paranaense, que já promoveu o atendimento de mais de 165
mil famílias com maior índice de vulnerabilidade social, e o Paraná Seguro, que
realizou o maior investimento em segurança pública da história do estado e
resultou na menor taxa de homicídios já registrada desde 2007.
Esse trabalho levou o Paraná a se tornar, de acordo com
dados do Ipardes e do IBGE, a quarta maior economia do país em 2015, enquanto
levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostrou que o
Estado subiu três posições para se tornar o segundo com menor desigualdade
social do Brasil. Em 2016 o Paraná foi considerado o estado com melhor
estratégia para atração de investimento da América de Sul pelo Jornal Financial
Times FDI Intelligence e novamente ficamos na segunda colocação entre os estado
mais competitivo pelo Economist Intelligence Unit (EIU).
A implantação de políticas públicas responsáveis, incentivo a iniciativa privada e parcerias com as prefeituras, ao lado do ajuste fiscal que anteviu a crise financeira no país, levaram o estado a alcançar índices inéditos e reconhecimento nacional e internacional. É um trabalho contínuo e sempre haverá muito o que fazer, mas essas conquistas mostram que, apesar da crise que o Brasil vive e que afeta todas as unidades da federação, o Paraná segue no caminho certo para o desenvolvimento social, estrutural e econômico.
Marcello Richa é presidente do Instituto Teotônio Vilela do
Paraná (ITV-PR)