Cotidiano
Saúde registra primeiro caso de coqueluche em 2019
Trata-se de uma notificação no mês de janeiro deste ano referente a uma criança do sexo feminino, com 1 mês de idade
Da Redação | 07 de fevereiro de 2019 - 00:17
Trata-se de uma
notificação no mês de janeiro deste ano referente a uma criança do sexo
feminino, com 1 mês de idade
A Fundação Municipal de Saúde (FMS) confirmou
laboratorialmente um caso de coqueluche em Ponta Grossa. Trata-se de uma
notificação no mês de janeiro deste ano referente a uma criança do sexo
feminino, com 1 mês de idade, fase em que ainda não recebeu a 1ª dose de vacina
contra a coqueluche. A coqueluche, conhecida popularmente como “tosse
comprida”, é uma doença transmissível causada por uma bactéria, Bordetella
pertussis, a qual compromete o aparelho respiratório.
O principal sintoma da doença é a tosse seca há 14 dias ou
mais, associada a outros sintomas. “Tosse súbita incontrolável, com tossidas
rápidas e curtas em uma única expiração; ruído ao inspirar; coloração arroxeada
ao redor da boca, saliência dos olhos e da língua (para fora da boca),
salivação e vômitos pós-tosse”, explica a chefe de vigilância epidemiológica,
Caroliny Stocco.
De acordo com a chefe de vigilância, em adolescentes e
adultos, a coqueluche nem sempre se apresenta sob a forma clássica. “A doença
poderá manifestar-se sob formas atípicas, com tosse persistente, porém sem
paroxismos e o guincho característico”, ressalta Caroliny.
A coqueluche é transmitida através do contato direto da
pessoa doente com pessoa suscetível, isso acontece pelas gotículas de secreção
eliminadas por tosse, espirro ou ao falar e ainda pode acontecer a transmissão
por objetos contaminados recentemente com secreções respiratórias. “O período
de transmissibilidade se estende do 5º dia após a exposição até três 3 semanas
após o início da tosse”, diz Caroliny.
Como prevenir
A vacina contra coqueluche é a Pentavalente e está
disponível na rede pública. O esquema é composto por três doses, sendo que as
aplicações acontecem aos dois, quatro e seis meses. Aos 15 meses é realizado o
primeiro reforço com a vacina DTP e o segundo reforço deve ser realizado aos
quatro anos.
Em 2014, o Ministério da Saúde disponibilizou a vacina dTpa
para gestantes, como estratégia para conferir imunidade temporária para o bebê.
“É uma vacina inativada, portanto, sem riscos teóricos para a gestante e o
feto. É recomendada a partir da 20ª semana até a 36ª semana de gestação”,
esclarece Caroliny.
O indivíduo torna-se imune temporariamente após adquirir a
doença (aproximadamente 15 anos) ou após receber vacinação adequada. Em média
de cinco a 10 anos após a última dose da vacina, a proteção pode declinar, e o
indivíduo torna-se suscetível novamente.
Casos em Ponta Grossa
Os casos são monitorados pela FMS, através da Gerência de
Epidemiologia, e são notificados pelos estabelecimentos de saúde. Em 2016 foram
confirmadas 14 pessoas com a doença, em 2017 e 2018 seis casos cada e neste ano
um até o momento, todos menores de um ano até 4 anos de idade. “Os casos
suspeitos devem ser afastados de suas atividades habituais (creche, escola,
trabalho, entre outros) por pelo menos cinco dias após o início de tratamento
com o antibiótico preconizado por protocolo.
Informações Assessoria
de Imprensa.