Cotidiano
UEPG estuda projeto de reconhecimento facial nos campi
Instituição quer ampliar sistema de monitoramento com novas tecnologias nas unidades do Centro e de Uvaranas
João Vitor Rezende | 19 de janeiro de 2019 - 03:37
Instituição quer ampliar sistema de monitoramento com novas tecnologias nas unidades do Centro e de Uvaranas
A reitoria da Universidade Estadual de Ponta Grossa quer
ampliar o monitoramento nas dependências dos campi do Centro e de Uvaranas.
Além das câmeras de vigilância, novos sistemas de reconhecimento facial e reconhecimento
de veículos serão testados já nos primeiros dias do ano letivo de 2019, com
data de início marcada para o dia 18 de fevereiro.
Uma empresa de engenharia de Ponta Grossa acompanha o
projeto e vai disponibilizar os equipamentos e softwares de teste. O
reconhecimento facial será testado, em pequena escala, na entrada de alguns
blocos e o reconhecimento de placas de veículos em uma das entradas em Uvaranas.
Os registros já utilizados no cadastro das carteirinhas facilitarão a
composição dos bancos de dados dos estudantes. Posteriormente, os integrantes
da comunidade acadêmica poderão cadastrar seus veículos.
Segundo o coordenador do Núcleo de Tecnologia de Informação (NTI)
da instituição, Luiz Gustavo Barros, existe a possibilidade de mais de um
fornecedor participar deste processo, caso as avaliações sejam positivas. “Estamos
com algumas ações para melhorar a segurança nos campi da UEPG. Na nossa área, estamos
analisando algumas opções no mercado que podem ser aplicadas na instituição.
Tenho uma preocupação com a privacidade, mas temos diversas ações que nos
permitem essa prática”, explica.
Luiz Gustavo cita o assalto a uma agência bancária no Campus
Uvaranas no dia 1 de outubro como um caso que poderia ter sido evitado com a
inserção da tecnologia: “Tenho certeza de que eles já haviam entrado no campus
com tranquilidade, para conhecer o local com um pouco mais de tranquilidade. A
identificação também ajudaria na investigação após aos delitos”, garante.
O coordenador conta que o sistema poderá auxiliar em serviços
como avisos em caso de veículos com vidro aberto e indica uma possível integração
com a base oficial das forças de segurança, em caso de veículos com alertas de
roubos. “Precisamos buscar meios mais eficientes de aumentar a segurança. O
desafio é importante, de prospectar uma solução nova. Esse projeto tem um
impacto social muito grande na comunidade acadêmica e esperamos alcançar o
objetivo de reduzir os casos de violência com a ajuda da tecnologia”, finaliza
Luiz.
Segundo o reitor da instituição de ensino, Miguel Sanches
Neto, a medida integra uma série de ações voltadas a esta área: “Desde que
assumimos, estamos buscando soluções para a melhoria da segurança da
universidade. Foram várias ações, desde a proposta de um ‘Campus Parque’, em
que a comunidade usasse mais as estruturas de lazer da instituição, até o
convênio com a Polícia Militar para uma base em Uvaranas, passando por melhoria
de iluminação, ampliação das câmeras de segurança, formação dos profissionais
de vigilância e compra de motos”, detalha.
Espaço para base da PM em Uvaranas passa por reforma
A reforma no espaço que será utilizado para a instalação da
base da Polícia Militar no Campus de Uvaranas, na entrada da unidade, já está
sendo executada. A obra para reparos no prédio foi licitada pela universidade
no mês passado, com orçamento de R$ 69,3 mil. Os reparos preveem intervenções
no forro, iluminação, instalação elétrica e rampa para entrada. Miguel informou
que a Reitoria irá retomar as conversas com a Polícia Militar para programar a
instalação, que deve ser finalizada entre os meses de fevereiro e março.