Cotidiano
ACIPG sugere modelo de contrato de PG com a Sanepar
Questões nocivas na proposta anterior foram apontadas por estudo.
Da Redação | 17 de agosto de 2018 - 00:09
Questões nocivas na
proposta anterior foram apontadas por estudo.
A Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta
Grossa (ACIPG), na noite da última quarta-feira (15), apresentou em reunião com
o prefeito Marcelo Rangel (PSDB) um novo modelo de minuta de contrato para o
Município de Ponta Grossa, com a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). O
prefeito agradeceu a atitude da instituição e salientou a importância das
entidades, contribuírem com a administração pública. A proposta apresentada foi
solicitada pela própria Sanepar para a ACIPG.
O diretor de Assuntos Comunitários da ACIPG, Luiz Eduardo
Pilatti Rosas comentou que graças ao município não ter assinado o contrato no
final do ano passado, a situação melhorou muito para Ponta Grossa e o poder de
negociação do município aumentou. “A Sanepar acertou com Curitiba e a capital
ficou com as regras ambientais em sua responsabilidade, como também conseguiu
uma compensação financeira significativa com a Companhia, e não apenas um
adiantamento como proposto em Ponta Grossa, para consolidação do contrato, em
2017. O que apresentamos hoje é uma proposta que entendemos como favorável para
Ponta Grossa”, disse Pilatti.
O advogado da ACIPG, Bruno Garofani apresentou aos presentes
outros fatores que foram repensados por um grupo de estudos, capitaneado pela
ACIPG, desde o final de 2017. Segundo ele, o contrato firmado entre a Sanepar e
Curitiba conseguiu avançar em todos os pontos que foram questionados pela ACIPG
no final do ano passado. “A única parte que divergiu foi que a ACIPG sugere que
o contrato seja de 20 e não de 30 anos, como proposto pela Sanepar e aceito pela
capital do Paraná”, disse.
Entre as principais mudanças, comparando com o contrato
oferecido à Câmara no ano passado prevê o tratamento do esgoto, além das outras
providências já estabelecidas, como também o atendimento da área rural do
município. Outra sugestão é a obrigatoriedade do cumprimento do Plano de
Saneamento Básico pela Sanepar. “Além disso, a exemplo de Curitiba, sugerimos
que o contrato de Ponta Grossa, não permita que o patrimônio municipal se
reverta à Sanepar, em forma de doação, como proposto anteriormente”, salientou
Garofani, que são sugestões para garantir mais força para o município, atrelado
à segurança jurídica.
O prefeito agradeceu o trabalho prestado pela ACIPG e
salientou que o modelo será estudado pela Procuradoria do Município. “Nosso
contrato atual com a Sanepar é péssimo, não temos nem previsão de multa, e este
contrato estará em vigor até 2026. Apresentei o projeto no ano passado e a
ACIPG contestou. Entendo que atualmente a participação da ACIPG é extremamente
salutar. É a sociedade contribuindo com a discussão e com melhorias nas
cláusulas contratuais”, disse Rangel.
Sobre o caso
No mês de dezembro de 2017, a Prefeitura protocolou na
Câmara um projeto de lei, solicitando autorização dos vereadores para firmar
contrato com a Sanepar. Por entenderem que o contrato continha artigos nocivos
para o município, a ACIPG, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/PG), entre
outras entidades de classe, se manifestaram contra o projeto de lei e
solicitaram ao prefeito Marcelo Rangel (PSDB) a retirada da proposição.
Simultaneamente, os vereadores integrantes das Comissões Permanentes da Câmara
Municipal de Legislação, Justiça e Redação, juntamente com a de Finanças,
Orçamento e Fiscalização foram procurados e alertados das fragilidades do
contrato. Em fevereiro deste ano, uma CPI foi instaurada na Câmara Municipal
para investigar o atual contrato.
Informações da
Assessoria de Imprensa.