Inverno em PG já é o mais quente dos últimos 20 anos

Tem gente que nem lembra mais que ainda estamos no inverno. Até esta quinta-feira (21) deveríamos estar sob os efeitos da estação mais fria do ano, pois a partir de sexta-feira (22) começa a primavera. No entanto, uma onda de calor e de tempo seco há pelo menos um mês vem deixando Ponta Grossa com outra cara e sem uma gota sequer de chuva.

De acordo com o Instituto Simepar, esse cenário certamente marcará presença na história meteorológica do município. A média de temperatura para setembro na cidade é de 23,4ºC. Até o último dia 19, Ponta Grossa contabilizava uma média de 28,5ºC. E o que isso significa? Estamos no setembro mais quente dos últimos 20 anos. Por consequência, em um inverno extremamente atípico e que de frio não tem nada.

E para quem aguardava com ansiedade a chegada da nova estação, na expectativa que ela viria acompanhada de chuva, o jeito é esperar. O Simepar revisou a previsão de chuva para os Campos Gerais. Os prognósticos mudaram e a tendência é de que só volte a chover, de fato, a partir da próxima segunda-feira (25). Durante o sábado (23) e o domingo (24) as temperaturas devem passar novamente da casa dos 30ºc.

O bloqueio atmosférico segue bastante intenso e dificulta a entrada de umidade na atmosfera sobre o Paraná com um todo. Até o domingo (24) podem ocorrer algumas pancadas isoladas por conta do calor, porém são chuvas de curta duração e que vão atingir pouquíssimas cidades; não melhorando a qualidade do ar e tampouco contribuindo para diminuir o déficit hídrico. Somente nos últimos dias de setembro é que há previsão de um período mais chuvoso no Estado, especialmente entre os dias 28 e 29.

Número de incêndios preocupa no PR

Setembro registrou 1.282 focos de incêndio em todo o Paraná. É o maior número neste mês nos últimos 12 anos, segundo dados do Corpo de Bombeiros e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O órgão estadual atende uma ocorrência a cada 13 minutos, sendo a região de Maringá e Curitiba as localidades com maior número de incêndios. Em alguns casos, o fogo é iniciado por descuido da própria população, conta a capitã do Corpo de Bombeiros, Rafaela Diotalevi. “As pessoas costumam jogar sacos de lixo nos terrenos e em alguns há cacos de vidro. O contato deles com o sol provoca novos incêndios, que poderiam ser evitados se houvesse mais cautela”, relata.