Cotidiano
Polícia Civil esclarece morte de coveiro em PG
Rosemeri Lopes da Silva e Jeferson Santana tiveram os mandados de prisão preventiva cumpridos pelo Setor de Homicídios
Daniel Petroski | 21 de setembro de 2017 - 00:22
O setor de Homicídios da 13ª Subdivisão
Policial (SDP) de Ponta Grossa apresentou, em coletiva de imprensa na tarde
desta quarta-feira (20), duas pessoas suspeitas de participação na morte do coveiro
Airton de Jesus dos Santos,
de 60 anos de idade. O latrocínio – roubo seguido de morte - ocorreu em agosto
deste ano. Ele foi encontrado sem vida dentro da casa onde morava, na rua
Helládio Vidal Corrêa, região de Uvaranas, dependências do Cemitério Vicentino.
A vítima era muda.
Na época, Rosemeri
Lopes da Silva, de 25 anos de idade, chegou a ser presa. Ela confessou
participação no crime, mas alegou legítima defesa e foi liberada depois de uma
audiência de custódia. A mulher, que é garota de programa, contou que Santos
era seu cliente e que, após um desentendimento, teria golpeado a vítima com uma
faca de cozinha. Rosemeri afirmou que o homem tinha tentado estuprá-la.
Com o decorrer
das investigações, a Polícia Civil conseguiu provas que desmentiram a primeira
versão. Um segundo envolvido, Jeferson Santana,
de 22 anos de idade, também acabou preso. Com ele, foi encontrada uma
motocicleta que tinha sido levada da casa da vítima.
“Chegamos à conclusão de que ambos agiram de
caso pensado. Ao perceber que estava sendo roubado, Santos trancou Rosemeri
dentro da casa. Para fugir, ela atingiu a vítima com a faca. Como os vizinhos
notaram a presença dela na moradia, a suspeita inventou a história do estupro”,
contou a delegada responsável pelo caso, Tânia Sviercoski.
Na 13ª SDP, Rosemeri reconheceu que errou.
Porém, continuou negando que teria premeditado o crime. “Eu errei e vou pagar
por isso. Só que eu não roubei nada da casa dele”, afirmou. O comparsa seguiu
na linha de que é inocente. “Eu não matei ninguém”, garantiu Santana.
Os dois foram presos por força de mandados de
prisão preventiva. A dupla será encaminhada a Cadeia Pública Hildebrando de
Souza. Ambos seriam usuários de drogas. Pelo crime ter sido praticado com o
patrimônio, não irão a júri popular.
Participação
em crime semelhante
Em entrevista ao Jornal da Manhã e portal
aRede, a delegada Tânia Sviercoski acrescentou que Rosemeri também é
suspeita de ter participado de outro crime semelhante. “Ela já tem
antecedentes. Em abril deste ano, ela teria ido até a casa de um idoso
acompanhada de um homem. O idoso foi morto e teve alguns bens subtraídos. O
modo de ação foi bem parecido”, explicou.