Ponta Grossa supera desafios e cresce acima da média estadual

Saúde, educação, transporte, segurança. Todo desenvolvimento vem atrelado a dificuldades e ao surgimento de novos desafios, em qualquer aspecto. Não é diferente com o crescimento de um município, e é com esse tipo de desafio que Ponta Grossa terá que lidar nos próximos anos, conforme estudo realizado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Até 2030, o município deve receber quase 40 mil habitantes, chegando a 380 mil habitantes – um aumento de 12% nos próximos 13 anos.

Tomando como referência os dados a partir do mês de julho deste ano, a cidade de Ponta Grossa já alcançou o total de 344.332 habitantes. O aumento foi de 0,8% em relação ao ano passado, quando a população somava 341.130 pessoas. A cidade é a 4° mais populosa do Paraná e ocupa o 76° lugar no ranking das mais populosas do Brasil.

A saúde aparece como um dos principais desafios de qualquer gestor, e em um setor em que a situação já é periclitante na maioria das grandes cidades brasileiras, o crescimento populacional sempre gera um temor de que o aparelho público pode não suportar a demanda crescente. Por isso, é importante desde já o investimento em um Centro de Especialidades público capaz de suprir a demanda de uma região carente de hospitais, que encaminha seus pacientes para a região metropolitana de Curitiba pela falta de vagas locais. A expansão das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e a construção de novas Unidades Básicas de Saúde (UBS), além do reaparelhamento do Hospital Municipal também se mostram ações necessárias para evitar superlotações e problemas ainda maiores em um futuro próximo.

Meta é alinhar as políticas públicas com desenvolvimento

Para o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Ponta Grossa (Iplan), Ciro Ribas, “o principal desafio é o alinhamento das políticas públicas com o desenvolvimento urbano. Ponta Grossa cresceu muito nas últimas décadas, mas esse crescimento se deu de forma desordenada. Agora devemos correr atrás do prejuízo e planejar uma nova cidade pautada no direito à cidade, no direito à habitação e na sustentabilidade”.