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Imagem ilustrativa da imagem É o caminho?

Por Jorginho Vieira

Uma grande parte de eleitores não compareceu nas urnas. Os números foram uma resposta e considero também um protesto a tantos desmandos em todo o país. Vamos analisar Ponta Grossa que é onde residimos. Dos 222.716 mil eleitores, não compareceram 20.717 (9,3%). Votaram em branco 9.161 (4,53%) e anularam 16.612 (8,22%). Vejam que 12,75% dos eleitores tiveram o trabalho de sair de casa para não votar, porque se sentiram obrigados mas não tinham nenhuma opção. Será?

Candidatos a vereador não faltaram, de todas qualidades, partidos, regiões, credo, grau de instrução e outras, a indignação e descrença da população com a política e políticos, generalizou um julgamento que todos são iguais e condenação a não ouvir novas propostas principalmente de vereadores. Outro fator que contribuiu para esse afastamento do eleitor das urnas foi a qualidade dos candidatos a majoritária. Propostas bem abaixo do esperado, sem nenhum propósito de continuidade seja em qualquer área, muitas falácias, sem compromisso com as necessidades básicas da população e quando citadas promessas inexequíveis.

A maioria da população desconhece como é o pleito eleitoral no caso de eleições municipais, que confunde e atrapalha o eleitor são as coligações a majoritária (prefeito) e legislativa (Vereadores). É bem isso mesmo. Nomes difíceis justamente para complicar o entendimento das pessoas. Pois bem, não precisa se assustar, eu esclareço: os apoios dos partidos que apresentam candidatos a prefeito não interferem nas coligações a vereador, desde que os partidos coligados a vereadores apoiem o mesmo candidato a prefeito, o coeficiente eleitoral para cada coligação é calculada pelo total dos votos válidos divididos pelo numero de cadeiras na câmara, esse ano 176.226 dividido por 23 iguais a 7.662, a coligação que atingir esse numero de votos elege um vereador o mais votado da coligação e os outros proporcionais, desde que o mais votado obtenha mais de 766 votos que é dez por cento do coeficiente, uma linha de corte, como observamos que existe uma complexidade devido a legislação eleitoral proteger os interesses partidários, por essa razão que o eleitor não entende que alguns menos votados entram e mais votados ficam de fora.

Mas com tudo não justifica essa revolta e abandono das urnas, o eleitor deve discernir o joio do trigo, deixar o egoísmo, seus interesses pessoais e procurar conhecer os candidatos e suas propostas, qual é o papel dos três poderes constituídos, Legislativo, Executivo e Judiciário, cobrar que cada um cumpra o seu papel na sociedade, ser mais cidadão cumprir e fazer cumprir as leis, votar consciente e saber que se a situação chegou a esse ponto esta na hora de exigirmos mudanças, temos essas oportunidades diariamente não apenas nas eleições, lembre-se o representante é reflexo da postura do seu eleitor.

Jorginho Vieira

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