PUBLICIDADE
Imagem ilustrativa da imagem Eu prometo!

Por Ewerson Zadra

Todos sabem que a conquista de um mandato político obtido por meio do voto é uma verdadeira guerra e que só pode entrar nessa batalha quem tiver perfil próprio para tal. O legislativo é indispensável para a democracia, mas passa por uma crise de representatividade. A agenda parlamentar pouco efetiva e distante dos anseios da população, as disputas entre grupos partidários e a forma de interação com executivo comprometem a imagem a Câmara de Vereadores.

Uma coisa é fazer acordos políticos para governar bem. Outra, e bem diferente, é fazer promessas, muitas vezes até milagrosas, para conquistar o voto do eleitor e depois não cumprir nem mesmos as viáveis, o que não deixa de ser um “estelionato eleitoral”. Responsabilidades menos conhecidas do eleitor, como a fiscalização do poder Executivo, raramente são mencionadas em campanhas. Demandas locais e problemas específicos têm preferência na hora das promessas. O que dá voto é aquilo que afeta a comunidade diretamente, por isso, cada vez mais, eles são eleitos por redutos, como bairros, igrejas.

Em geral, quando perguntamos a alguém o que ele espera dos candidatos a determinado cargo eletivo, as respostas não se diferenciam muito: As pessoas querem seu comprometimento com as causas da sociedade; querem postura condizente com a ética e os padrões morais defendidos pela sociedade; querem solução para as dificuldades da população; querem transparência nos discursos e nas atitudes; querem certeza de que não serão enganados. A inversão de valores e a desinformação transformaram a campanha de vereadores em um ambiente de troca de favores para se obter resultados eleitorais.

A experiência, entretanto, indica o contrário. Indica que rarissimamente as necessidades da população são atendidas e, pelo contrário, o que de modo geral vemos acontecer é aquele que se elege tornar-se mais um explorador do povo. E o pior é que a população não percebe possibilidades de mudança; não vê “luz no fim do túnel”; o que se vê é o aumento do volume do esgoto jorrando para a fossa da política. Parte do descrédito com o legislativo deve-se à falta de independência da Casa de Leis. O eleitor está saturado pelas relações como o executivo e o legislativo se interagem.

Em tempos de eleição é importante refletirmos sobre esses pontos. Não pensando que alguém, milagrosamente, desenvolva uma consciência social e política por decreto, ou de imediato, ou espontaneamente, mas para nos darmos conta que os candidatos são reflexos da sociedade em que estão inseridos. Não existe candidato mau, nem bom. O que existem são candidatos que desejam se eleger.

A democracia é uma via de duas mãos. O eleitor, assim como elege alguém para ser o seu representante na gestão da coisa pública, pode e deve também cobrar o cumprimento das suas promessas e até, por meio das vias competentes.


Ewerson Zadra Pacheco 

[email protected]

Tema da Semana

Ponta Grossa foi às urnas. O que esperar dos eleitos?

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

MAIS DE CONSELHO DA COMUNIDADE

HORÓSCOPO

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

DESTAQUES

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

MIX

HORÓSCOPO

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE