Habitação: investimento permanente

Por Jorginho Vieira

Em anos de eleições e no momento são municipais, cada candidato faz a sua leitura, querendo mostrar o que foi feito e o que não foi feito no município. Um  tema que preocupa e muito a população é a moradia. Os pretendentes ao cargo máximo deram – digamos - uma pincelada no que pretendem, uma análise sintética. Alguns querem fazer e não sabem como, outros até sabem mas não conseguem ser entendidos, vejam com déficit de 14 mil é mais um grande problema para quem quer assumir a prefeitura, e digo que a missão é árdua e desafio qualquer um a conseguir zerar esse demanda em quatro anos, impossível, o atual gestor disse que houve avanços mas quero mostrar que na verdade não foi através da prefeitura e sim do próprio dono do imóvel.

Vejamos os números, dados esses encontrados no site da Prolar Ponta Grossa (http://prolarpmpg.com.br/programas-sociais/) em 2012, na gestão do senhor Wosgrau, Minha Casa Minha Vida tinha 1.980 moradias, Prolar nenhuma moradia e 50 lotes comerciais. Em 2013 já com o atual prefeito Minha Casa Minha Vida, 1.523 (Prolar nenhuma). Em 2014 Minha Casa Minha Vida 475, Prolar nenhuma. Em 2015/2016 juntos Minha Casa Minha Vida 2.877, prolar 336 moradias, 342 lotes sociais e 77 lotes comerciais, sedo que Minha Casa Minha Vida é programa do governo federal e prolar programa municipal.

Temos ainda um programa estadual Cohapar que não investiu em nossa cidade, pelo menos que seja divulgado, vejam que os números são muito aquém da necessidade, 6.855 moradias são financiamentos do proprietário diretamente com a Caixa e empreiteiras, 336 casas em 4 anos é muito pouco pelo tamanho dos recursos destinados a Secretaria de Assistência Social.

Agora proferindo que em dez anos podemos resolver esse problema, como se ninguém mais fosse casar e ter filhos, difícil crer, entre os candidatos a metas de 1500, 5000 e ai vai. O maior problema encontrado por eles é de onde vem os investimentos e realmente o Município não tem dinheiro já estamos endividados para os próximos quatro anos. Nosso caixa esta quebrado, temos ainda algumas questões a resolver como invasões sem infraestrutura, áreas de risco, moradores de rua, o plano gestor que não foi aprovado, implantação do IPTU progressivo.

Outra questão é rever exigências para conseguir um lote da pela Prolar, poderiam fornecer um lote a quem tem uma renda um pouco maior mas que não se encaixa nos programas do estado e do governo federal. Gostaria muito de ver os nossos candidatos com um pouco mais de técnicos envolvidos nas campanhas, para que dessem a eles embasamento necessários as seus discursos, com a realidade em que vivemos, o que estamos vendo são discursos muitas vezes sem fundamentos e que não poderão não só no quesito habitação mas em todos e isso esta nos deixando bastante preocupados com o futuro da nossa querida Ponta Grossa, que faz 192 anos de 15 de setembro, será que o autor da marcha da cidade já previa que teríamos que ser salvos de algum perigo?

Jorginho Vieira

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