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Canadense ‘Meus 533 Filhos’ apresenta paizão (quase) herói

Canadense ‘Meus 533 Filhos’ apresenta paizão (quase) herói

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David Wosniak (Patrick Huard) é um sujeito bastante humano, considerando a dupla interpretação que essa afirmação carrega. É humano tanto no sentido de alguém devotado a ajudar os outros, quanto de alguém que, segundo seus mais próximos, falha em muitos aspectos. Equilibrista entre defeitos e virtudes, ele descobre que a namorada está grávida. Enquanto ainda assimila o impacto da notícia, recebe outra, um ‘pouco’ maior.

Quando estava com cerca de 20 anos, David doou material genético para uma clínica de fertilização 693 vezes. O resultado? 533 filhos foram gerados. Desses, nada mais nada menos que 142 (agora na faixa dos 18 anos) movem um processo judicial para tentar saber quem, afinal, é o pai biológico.

Essa é a sinopse do excelente ‘Meus 533 Filhos’, dirigido por Ken Scott. O título original, Starbuck, refere-se a um touro canadense que deixou grande descendência por meio da inseminação artificial. Essa informação complementa uma das provocações do filme, que leva o espectador a colocar diante de si a diferença entre ser efetivamente pai e ser apenas um genitor, alguém que lança pessoas no mundo de forma descompromissada. A análise dessa diferenciação acaba representando aquilo que marca o processo de amadurecimento que o próprio David atravessa quando parte em busca dos filhos gerados por meio da doação à clínica. Ao fazer isso, ele se prepara para ter seu primeiro filho gerado de modo convencional.

Patrick Huard está perfeito no papel do protagonista, construído com apuro, das expressões faciais à postura corporal, passando pelo figurino. É digna de atenção a camiseta de super-herói que ele usa quando faz algumas das visitas a seus filhos sem que eles saibam que ele é o genitor. David revela-se um anjo da guarda, uma espécie de herói mesmo, enquanto oculta sua identidade de pai biológico.

Hollywood refez este belo trabalho sob o título ‘De Repente Pai’, contando com Vince Vaughn no papel de David. É incrível como, mesmo tendo sido contratado o mesmo diretor e utilizado o mesmo roteiro (com alterações quase que imperceptíveis), o material original é infinitamente superior à refilmagem. Se você chegar à conclusão de que assistirá a apenas um dos filmes, mas cair na dúvida sobre o qual priorizar, não pense duas vezes: fique com a versão canadense.

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