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‘Pantera Negra’ mistura geopolítica, lutas e diversão

‘Pantera Negra’ mistura geopolítica, lutas e diversão

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Como bom filme hollywoodiano de super-herói, ‘Pantera Negra’ precisa agradar multidões e, assim, arrecadar milhões. Necessita apresentar o personagem para um público massivo que pouco – ou nunca – ouviu falar dele. Precisa traçar as devidas ligações com outros filmes do Universo Marvel. Necessita, ainda, ter uma história minimamente traçada para abrigar esses três últimos objetivos citados, além, é claro, de investir em cenas de luta e ação. Enfim, a missão de um filme de super-herói que tenta fazer com que a equação valor investido x valor recolhido seja favorável (com folga) a esse último não é tão simples assim. Mas a produção mostra a que veio.

Mostra que consegue atender a todas essas exigências sem deixar de ser uma diversão equilibrada entre cenas líricas, poéticas, suaves e lutas agitadas cuidadosamente coreografadas. Que o digam as cenas de panteras negras povoando uma árvore em um cenário noturno belamente fotografado, com direito a um céu de aurora boreal. Ou dos rituais com flores roxas fluorescentes na noite. Ou, ainda, os desafios que podem definir o destino de todo um reino com a luta entre dois pretendentes ao trono, tendo como cenário quedas d’água, despenhadeiros tão majestosos quanto perigosos e uma plateia formada por integrantes de várias tribos com figurinos africanos coloridos e ricos em detalhes.

Além de ser exaustivamente comentado como o primeiro filme de super-herói negro, a produção dirigida por Ryan Coogler tem suas pinceladas sobre geopolítica, diplomacia e governabilidade. ‘Pantera Negra’ transforma a competição pela posse de vibranium e discussões político-diplomáticas sobre como governar em duas linhas narrativas principais. E, ao fazê-lo, mostra sua vertente politizada. Mas nem tanto. Afinal, é preciso agradar a todos sem aprofundar-se nas questões, fazendo imperar o entretenimento.

Mesmo assim, é difícil não verificar as alfinetadas no fato de os Estados Unidos terem um histórico de intervenção em processos políticos de outros países. Ou o preconceito existente entre colonizadores e colonizados. Ou, ainda, o dilema moral que recai sobre subordinados que compõem um exército quando um reino fica dividido. Mesclando entretenimento com pequenas porções de discussões mais sérias, ‘Pantera Negra’ é um filme que tem tudo para agradar ao grande público.

  *Texto de Tiago Luiz Bubniak

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