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‘Histórias Cruzadas’ mergulha no cotidiano para falar de História

‘Histórias Cruzadas’ mergulha no cotidiano para falar de História

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‘Histórias Cruzadas’ é um daqueles filmes que retratam tempos nervosos nos quais florescem mudanças sociais. No caso, aqui, a luta dos negros por direitos civis em meio à opressão branca nos Estados Unidos, nos anos 1960. Um dos maiores méritos da produção é fazer isso sem lançar diretamente suas lentes para os grandes acontecimentos históricos, mas para o microcosmo de relatos de pessoas que sofreram as consequências do racismo no dia a dia.  Assim, o espectador é convidado a mergulhar de forma capilar em uma questão que, geralmente, é debatida em nível macro.

Com direção e roteiro de Tate Taylor, a trama acontece no Estado do Mississipi e é baseada no livro ‘A Resposta’, de Kathryn Stockett. A obra conta detalhes da vida de empregadas domésticas negras que trabalhavam em casas de famílias brancas.

Os personagens não são tão bem trabalhados pelo roteiro: ou são racistas ou a favor dos negros. As atrizes que os encarnam, no entanto, investiram esforço para desempenhar bem os papéis a elas confiados. Destaque para as quatro atrizes que mais ocupam espaço na trama: Emma Stone, Viola Davis, Octavia Spencer e Bryce Dallas Howard.

A unilateralidade dos personagens não impede, por exemplo, que quem assiste seja estimulado a sentir desconforto diante da hipocrisia extrema de um grupo de senhoras brancas cristãs. Elas se preocupam em arrecadar recursos para ajudar crianças africanas enquanto tratam como escória as empregadas negras que as servem diretamente. 

‘Histórias Cruzadas’ está cheio de alfinetadas como essa e, por isso, revela-se um trabalho marcante para falar de racismo, emancipação feminina e luta por justiça.

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