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Documentário da Netflix mostra civis que ajudam vítimas da guerra na Síria

Documentário da Netflix mostra civis que ajudam vítimas da guerra na Síria

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Filmes de guerra costumam sensibilizar pelo retrato que fazem do horror. E quando o universo bélico não é exibido com base em reconstituição, contratação de atores, construção de cenários, sob o manto da ficção, enfim, o enfoque do horror costuma ser ainda mais perverso e impactante. É o que acontece com ‘Os Capacetes Brancos’, do diretor Orlando von Einsiedel, vencedor do Oscar 2017 de melhor documentário curta-metragem.

O título desta produção original da Netflix refere-se a uma equipe de voluntários civis que percorrem as áreas de destruição na Síria para salvar vidas. Formada em 2013, a organização é conhecida como a “defesa civil” do país. São cerca de três mil civis atuando em 120 centros em quase todo o território sírio. Desde 2013, mais de 130 desses voluntários morreram nesta que é considerada a maior tragédia humanitária do século. Em contrapartida, salvaram mais de 58 mil vidas. Em cinco anos de guerra, mais de 400 mil sírios foram assassinados e milhões migraram para outros países.

O documentário informa isso tudo enquanto acompanha diversas cenas de devastação e salvamentos. Um dos mais emocionantes é o do menino Mahmoud, chamado pelos socorristas de “bebê milagroso” em razão das circunstâncias em que foi resgatado. Com menos de um mês de vida, ele ficou 16 horas debaixo de escombros.

Em termos técnicos, o filme é bastante simples: poucas fontes, condução da história com base na narração dos entrevistados, uso de letreiros para contextualizar o espectador, curta duração. Um dos únicos recursos mais criativos é utilizado para expor a diferença existente entre a Síria e a vizinha Turquia. Quando se cruza a fronteira e se olha para cima, a câmera focaliza pássaros sobrevoando os céus turcos e não aviões lançando bombas.

Em termos de formato, impera a simplicidade. O conteúdo do documentário, no entanto, é válido como uma das versões da guerra que funciona como uma espécie de “indústria” de tristes situações tantas vezes compartilhadas nas redes sociais. Convém destacar que é a versão elaborada por uma das partes (Estados Unidos) e que, no contexto, outra parte envolvida na geopolítica do conflito (Rússia) é retratada como vilã.

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