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Documentário turco ‘Gatos’ destaca personalidade dos felinos

Documentário turco ‘Gatos’ destaca personalidade dos felinos

Documentário turco ‘Gatos’  destaca personalidade dos felinos
Documentário turco ‘Gatos’ destaca personalidade dos felinos -

Gamsiz, em turco, significa “despreocupado”. O detentor desse nome também é descrito como alguém feliz, malandro, valente, que está sempre de bom humor, o durão da vizinhança. “É com ele que você ia querer sair, caso ele fosse uma pessoa”, diz uma mulher que o define. Não, Gamsiz não é uma pessoa. É um gato, um dos tantos que transitam na “fronteira” entre as casas e as ruas de Istambul, na Turquia. E são eles, os felinos, os personagens principais do documentário ‘Gatos’, da diretora Ceyda Torun.

Fazer o leitor eventualmente achar que Gamsiz é um ser humano quando começou a ler este texto não é simples brincadeira de redação. É uma estratégia que diz muito sobre o trabalho da cineasta. O que ela faz é demonstrar como esses animais têm personalidade. A começar pela decisão narrativa de suprimir os nomes dos entrevistados. Somente os bichos, astros e estrelas do documentário, é que são identificados. 

Dessa forma ficamos conhecendo, por exemplo, Bengü, a gata ciumenta que quase desmaia quando recebe carinho. E Duman, que avisa quando está com fome passando as patas no vidro da janela de um restaurante. “É um gato muito educado, nunca entra, mesmo com a porta aberta”, informa um dos entrevistados. Mas o que Duman tem de comportado, tem de seletivo: antes, comia rosbife; agora, só quer peru.

O enfoque do comportamento de cada bichano percorre todo o documentário. Um morador destaca que não se pode esperar retorno imediato por dar água e comida para o gato: ele vem no seu colo se quiser, e não porque você quer. Outro entrevistado compara os gatos a super-heróis por “terem sete vidas” e pelo fato de caírem com as quatro patas no chão. Outro, ainda, acrescenta: cachorros acham que as pessoas são Deus; os gatos sabem que não, que os humanos são apenas intermediários da existência de Deus.

‘Gatos’ entrega imagens aéreas de Istambul, é narrado em sua totalidade pelos próprios moradores e possui o reforço de uma bela trilha sonora turca, cujo ápice de senso de oportunidade está no embalo de uma disputa de território. Quem não tem tanta identificação com os felinos tende a gostar. Quem gosta de animais em geral, mais ainda. E aqueles que amam gatos... não precisa nem dizer. Afinal, como conclui um dos humanos, coadjuvantes nessa história: “Um gato miando aos seus pés, olhando para você, é a vida sorrindo”. 

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