Urbe
Porca 'Amora' tem casa e leva vida de celebridade em PG
| 17 de julho de 2016 - 16:28
A imagem de São Francisco de Assis – protetor dos animais e
padroeiro da ecologia - na entrada da casa da jornalista Alíne Duarte Geraldo,
em Ponta Grossa, já é um sinal de que ali vive uma apaixonada por bichos. E
esse amor desde criança fez com que ela há um ano adquirisse uma micro pig.
Isso mesmo. Uma “porquinha”, carinhosamente chamada de Amora. “Escolhi esse
nome por que ela é da cor da fruta, preta”, destacou.
Dona de uma coleção de bichinhos de pelúcia de porcos cor de
rosa, Alíne explica que até entrou na fila de espera para adquirir um animal
dessa cor. Só que a espera levaria pelo menos três anos. “Achei que já estava
passando da hora de eu ter, até porque quero engravidar em breve. Quando vim
morar em Ponta Grossa, há três anos, a intenção era ter o animal. Porém, no
início fui para um apartamento. Assim que me mudei para essa casa vi que era
possível realizar o sonho”, conta ela que vivia anteriormente em São Paulo.
Do desejo até a compra efetivamente foram muitas horas de
pesquisa para encontrar um criador sério de mini bichos. O marido também
apresentou um pouco de resistência. “Ele até sugeriu que adotássemos mais um
cachorro”, conta Alíne aos risos.
Não teve jeito. E a Amora leva uma vida de rainha, com
direito a padrinho e madrinha. Seus acessórios são outro aparte. É colar de
pérolas, roupa de caminhada e de festa, colete salva vidas e capa de chuva. Sem
falar na rotina regrada de alimentação e exercícios físicos. “Ela come ração
três vezes por dia nos horários do café da manhã, almoço e janta. Se passar da
hora de se alimentar ela fica nervosa. Nos intervalos a Amora também faz
‘lanchinhos’, com frutas e legumes”, detalha Alíne. “Faço ainda que ela
caminhe, corra, suba e desça a escada de casa”, complementa. Para sua
comodidade um espaço no quintal é dedicado para que possa pastar. “A amora é
como uma filha para mim”, relata a jornalista.
O carinho é tamanho que Alíne não come sequer um pedacinho
de bacon. “Não dá. Não sou moralista que fica tentando convencer as pessoas.
Mas eu não consigo não relacionar uma coisa a outra”, finaliza.
Jornalista precisou realizar inúmeras adaptações na casa
“Minha casa é toda adaptada. Posso dizer que ela é à prova
de porcos”, comenta Alíne. A jornalista conta que teve que fazer um painel especial
para colocar na sala. “Não tinha como deixar os cabos da televisão, por
exemplo, à mostra. Havia o perigo que ela roesse”, explica. Outras modificações
dizem respeito à colocação de travas nas gavetas e na própria geladeira. “Em
busca de comida ela vai mexendo em tudo”, completa Alíne. Até na escolha dos
vasos de plantas a Amora influenciou. “Tive que procurar peças mais altas. Caso
contrário, ela poderia comer as plantas”, diz. As cadeiras da casa também
receberam um revestimento especial. “Fizemos isso para que os farelos de comida
não ficassem depositados, pois se ela descobrisse, iria roer os móveis”,
finalizou.
Convivência amigável com o cão ‘Filé’
Alíne conta que na casa existe um bom relacionamento entre
Amora e Filé, o cachorro que já vivia com a família antes da chegada da porca.
“Ele tem ciúme dela, mas é para defender. Se chegam duas pessoas perto, tudo
bem. Agora, se chegam 15, ele fica nervoso para tentar protegê-la”, comenta.
Mesmo dizendo que nunca passou pela sua cabeça ser uma médica veterinária por
ter dó dos animais, Alíne, se pudesse, teria outros bichos diferentes. “Queria
um golfinho, uma girafa e uma ovelha”, conclui.