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Parto domiciliar vem ganhando adeptos em PG

Dezessete gestantes já realizaram partos em casa em Ponta Grossa

Ultrassom ecológico é um dos diferenciais desse tipo de parto
Ultrassom ecológico é um dos diferenciais desse tipo de parto -
A gestante ponta-grossense Jéssica Amanda de Paula Oliveira, de 22 anos, está na contagem regressiva para a chegada da primeira filha. A partir desse final de semana até o próximo dia 6, ela e o marido, Murilo Gelinski, estão de sobreaviso para o nascimento da pequena Alícia. Considerada uma gestante de baixo risco, ela optou pelo parto domiciliar planejado. “Quando eu fui ter conhecimento dos métodos padrões aplicados nos hospitais, tanto das intervenções no parto normal, quanto na cesariana, acabei conhecendo uma amiga que optou pelo parto em casa. Foi aí que eu me apaixonei. As mulheres sofrem muita violência obstétrica só para apressar o nascimento dos bebês. Queria evitar tudo isso”, afirma Jéssica. 
O parto domiciliar, como o próprio nome já diz, acontece na casa da gestante e pode ser acompanhado por familiares, amigos ou qualquer pessoa que a mulher queira por perto. É importante apenas que se busque um ambiente tranquilo e acolhedor para que ela se sinta à vontade e segura.  Ele é resultado de um pré-natal feito, geralmente, com o acompanhamento de enfermeiras obstetras, obstetrizes e/ou doulas.  Médicos também podem participar, mas sua presença não costuma ser tão comum. Apesar disso, os exames da gestação e o pré-natal médico devem ser feitos para garantir que tudo está correndo bem com mãe e filho. Isso também garante que a gestante terá um hospital de referência caso venha a enfrentar alguma complicação no parto. 
Ponta Grossa conta com um grupo especializado nesse tipo de parto. Intitulado de “Ventre & Luz” é composto Ana Paula Roberti (enfermeira obstétrica), Ana Maria Bourguignon (doula e advogada) e Keli Giraldi Bochi (enfermeira e fotógrafa). “Esse grupo existe desde 2012. Em novembro do ano passado a organização conseguiu uma sede onde é realizado o acompanhamento pré-natal; rodas de gestantes; rodas de pais; encontros pós-parto; cursos de preparação para o parto, entre outros”, explica Ana Paula. De acordo com ela, o grupo também atua em outros seis municípios da região. “Somente em Ponta Grossa fizemos 17 partos até o momento”, completa. 
Questionada sobre como os parentes e amigos reagiram ao saber da forma que escolheu para dar à luz, Jéssica afirma que as respostas variam muito de acordo com a faixa etária de cada pessoa. “Quando é alguém mais velho o entendimento é mais fácil, pois antigamente as mães pariam em casa. Já os mais novos têm medo, falam que sou corajosa”, diz. “O que as pessoas precisam entender é que o parto não é uma doença. É algo fisiológico e deve ser tratado com naturalidade”, conclui Jéssica. 
Duração depende de cada gestante
Segundo o grupo “Ventre & Luz”, a partir da 37ª semana o bebê pode nascer. “Ao sentir as contrações, a gestante nos aciona. Todos os equipamentos necessários para a saúde da mãe do filho são levados. Existe a possibilidade também dela ter o filho dentro da água. É uma escolha da mãe. A água quente é considerada um tratamento não farmacológico para controle da dor”, detalha a enfermeira obstétrica, Ana Paula Roberti. Durante o trabalho de parto a equipe ajudará a mãe a lidar com as contrações, a dor e a espera ativa pelo nascimento do bebê. Métodos como massagem, relaxamento, alongamento, caminhada, entre muitos outros, podem ajudar.  Na hora do nascimento, o suporte continua e a mulher tem a liberdade de escolher a posição que quiser - pode ser de pé ou de cócoras, por exemplo. Depois do parto a equipe fará o exame físico completo do bebê e também avaliará o estado de saúde da mãe. Nessas condições, um parto, em média, dura de 12 a 16 horas. O investimento varia de R$ 4,8 mil a R$ 5,5 mil. 
Ultrassom ecológico é um dos diferenciais desse tipo de parto
Para a enfermeira obstétrica Ana Paula Roberti, o diferencial desse tipo de procedimento é que não só a parte física da gestante é trabalhada, como também a parte emocional. “Por isso realizamos, por exemplo, o ultrassom ecológico. Mais para o final da gestação, nós desenhamos na barriga da mãe como o bebê está. A enfermeira obstetra faz a palpação e desenha os contornos do feto. É uma forma lúdica para que ela possa se olhar e ver como está o bebê”, comenta
Contato
Interessados em conhecer o trabalho da “Ventre & Luz” podem entrar em contato através das redes sociais ou pelo site www.ventreeluz.com.br. Além disso, é possível fazer uma visita na sede da organização, localizada na Rua Estanislau Anastácio Piekarski, número 286, na Vila Estrela. O espaço abre de segunda a sexta-feira das 13h às 19 horas. O telefone para contato é o (42) 3323-5789. 
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