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Impeachment não é consenso entre lideranças do Paraná

Opiniões

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O afastamento de Dilma Rousseff (PT) do cargo de presidente não é consenso entre as lideranças políticas do Paraná. No Senado Federal, dois senadores (Gleisi Hoffmann do PT e Roberto Requião do PMDB) foram contra o afastamento da presidente, enquanto o senador Álvaro Dias (PV) defendeu o afastamento da presidente. Na Câmara Federal, órgão responsável aceitar o processo de impeachment, Aliel Machado (Rede) e Sandro Alex (PSD) também tem posicionamentos distintos.

Gleisi foi uma das senadoras mais combativas durante a tramitação do impeachment no Senado. A petista ressaltou, várias e várias vezes, que o processo de impedimento da presidente é “golpe”. “Os golpistas terão de entrar para a história como o que eles de fato são: Golpistas. Conspiradores. Traidores da democracia e do povo brasileiro”, disparou a senadora nas redes sociais.

Já o senador Roberto Requião (PMDB) usou a tribuna durante a votação para afirmar que “o impeachment é uma besteira monumental, uma asneira”. Durante a fala no Senado, o ex-governador do Paraná afirmou que o governo de Temer, substituto imediato de Dilma, tem um programa “que reforça a dependência do Brasil das grandes potências econômicas”. Para Requião, “querem nos transformar em uma espécie de Porto Rico”.

Crítico assíduo do Governo Federal, o também ex-governador do Paraná, Álvaro Dias voltou a criticar o modo como o PT fez política durante os últimos 13 anos. “É possível, sim, governar o País sem um balcão de negócio, substituindo a barganha política pela decência e pela dignidade, adotando medidas que provoquem impacto na opinião pública, promovendo reformas essenciais, insubstituíveis que ressuscitem as esperanças da nossa gente de um futuro melhor”, ponderou Dias.

Dias também lembrou que esse tipo de ação levará o governo a ter o apoio. “Um governo que promove mudanças consegue o apoio popular, e governo que tem apoio popular tem o apoio do Congresso, porque o Congresso não rema contra a correnteza da opinião pública”, assinalou o Senador. Álvaro também ironizou o discurso de “despedida” de Dilma. “A presidente disse que pode ter cometido erros, um deles foi a gestão desastrosa no setor elétrico”, escreveu Dias nas redes sociais.

Deputados têm ponderações diferentes

Os deputados federais Sandro Alex (PSD) e Aliel Machado (Rede) tem posicionamentos distintos a respeito do afastamento de Dilma – no Congresso, Sandro votou sim no processo que aceitou o impeachment, já Aliel disse não a medida. Nas redes sociais, Aliel salientou o voto de Requião no Senado: “ele preferiu manter a dignidade”, destacou. “Aos políticos que são sérios, porém covardes, restará a esses no futuro pregarem: façam o que eu faço, mas não votem como eu voto”, ironizou Aliel. Já Sandro, ferrenho crítico de Dilma, comemorou também nas redes sociais. “Fim de tarde e também de Governo”, satirizou Sandro ao postar uma imagem do Palácio da Alvorada.

A imprensa internacional destacou o afastamento da presidente Dilma. Tão logo a votação foi finalizada em Brasil, os sites começaram a repercussão da crise política. O argentino Clarín diz que Michel Temer, que assumirá o poder, "sabe se mover nos bastidores do poder". A CNN lembra que a primeira mulher a ser eleita presidente no Brasil foi alvo de uma batalha política pelo seu impeachment. O jornal, que observou que o Brasil registrou manifestações a favor e contra o afastamento da presidente, trouxe o depoimento de uma professora contra o uso de gás lacrimogêneo contra manifestantes pró-Dilma.

Impeachment é chance para Brasil superar a crise, diz Campagnolo

O afastamento da presidente Dilma serve para que o Brasil saia da paralisia política em que se encontra e comece a discutir com seriedade medidas para a retomada da atividade econômica do país. A opinião é do presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, para quem a votação mostrou a força que a sociedade possui, quando mobilizada, para interferir nas decisões do país.

“Assim como a maioria dos deputados, os senadores também souberam ouvir a voz das ruas que clamava por uma mudança na maneira como o país vinha sendo conduzido”, diz Campagnolo. “Com a decisão do Senado, superamos mais uma importante etapa para colocar fim a esse impasse político. Agora é preciso que, urgentemente, o novo governo dê sinais de que pode recuperar a confiança de investidores, empreendedores, consumidores e de todos os cidadãos, para que comecemos a nos recuperar dos estragos causados nos últimos anos”, completou. 

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