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Setor da construção civil pressiona governo para liberação de recursos

Construtores revelam que atraso e redução na liberação para financiamentos está prejudicando o setor em todo país

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O  setor da construção civil de todo o Brasil está se mobilizando para manter o segmento aquecido. Diante de uma redução e atrasos na liberação de financiamentos relativos ao Programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, associações de construtores farão manifestações, em diversas cidades do Brasil, para reivindicar a liberação do complemento do orçamento para o financiamento de imóveis. Segundo representantes do setor, essa falta de recursos está trazendo uma série de transtornos para todo o segmento, gerando desemprego e impactando, inclusive, as famílias que já fecharam a compra de um imóvel, mas cujo contrato ainda não foi assinado. Diante disso, uma manifestação está marcada para quinta-feira, em Ponta Grossa. 

“A Caixa Econômica quer liberar os valores, mas depende de complemento do governo, já que o valor liberado para esse ano já foi utilizado na sua maioria, e os valores disponibilizados não são suficientes”, informa o diretor de comunicação da Associação Paranaense de Construtores (APC), Fabiano Gravena Carlin. Segundo ele, negociações já foram realizadas a nível nacional para a liberação, mas sem o resultado esperado, a Federação Brasileira dos Pequenos Construtores convocou a mobilização. “A partir do momento que não haver recursos e as construtoras não consigam receber ou vender os imóveis, todo o setor acaba parando e o desemprego vai aumentar”, completa. 

Um dos principais motivos pelos quais os recursos ficaram escassos, informa Carlin, é o mercado aquecido da construção civil, especialmente na região dos Campos Gerais. “Nesse ano tivemos um crescimento de 20% nos contratos de financiamento aqui na região dos Campos Gerais, na comparação com o mesmo período no mercado passado. O mercado está aquecido, as pessoas querem comprar e as construtoras construir”, disse. Com a falta de recursos, há pessoas que adquiriram imóvel há quase 60 dias, e ainda estão esperando a chave da casa. “Às vezes a pessoa estava pagando aluguel, rescindiu porque comprou, mas não pode morar, porque o contrato não foi assinado”, esclarece. 

As dificuldades estão sendo sentidas no mercado, segundo a corretora de imóveis Keurien Slobodzian, desde a primeira semana de setembro. “Estamos com muitos processos de financiamento do ‘Minha Casa, Minha Vida’ parados, e isso ocorre no Brasil todo. Isso afeta os corretores, construtores, empresas de materiais de construção e trabalhadores na construção civil”, informa. Segundo a associação, hoje mais da metade dos contratos assinados não são pagos por falta de orçamento.

Mobilização ocorre às 10 horas

Em Ponta Grossa, a mobilização será realizada em frente à Superintendência Regional Campos Gerais da Caixa Econômica Federal, localizada na Rua Francisco Ribas. Assim como nas outras principais cidades do Brasil, a manifestação está marcada para as 10 horas. Segundo a associação, Ponta Grossa hoje possui mais de 100 construtoras, e tanto elas, quanto empresas ligadas ao setor, como de terraplanagem, materiais de construção, caçamba, concreto, entre outras, foram convocadas para participar. Os líderes da associação ressaltam que não se trata de uma mobilização contra a Caixa, mas sim uma reivindicação junto ao Governo Federal, realizada em frente à Superintendência por esta gerenciar os recursos destinados à habitação regional.

Ministério das Cidades nega que haja restrições

O Ministério da Cidades se pronunciou, em nota, a respeito das mobilização. Segundo o governo, não há restrição para os financiamentos. “Com relação às contratações do programa Minha Casa Minha Vida, o Ministério das Cidades informa que não há qualquer restrição à liberação, por parte da pasta, de recursos do FGTS para o Programa. As informações de execução e o montante de recursos estão disponíveis no portal FGTS, abertos a qualquer cidadão. Todos os esforços do Ministério das Cidades na atual gestão têm sido no sentido de fortalecer o Minha Casa Vida, seja na retomada de contrações do Faixa 1, na retomada de obras paralisadas encontradas em maio de 2016, no pagamento em dia das faturas, no lançamento da Faixa 1,5 e na determinação de ampliação da margem de renda familiar nos financiamentos das Faixas 2 e 3 do Programa, entre outras medidas de conhecimento público”, informa a nota.

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