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Governo traça plano para eliminar gargalo ferroviário em PG

Rota de Guarapuava a Ponta Grossa é apontada como grande gargalo logístico para o transporte por trilhos no Paraná.

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O Governo do Estado do Paraná, junto com a Federação das Indústrias do Paraná (FIEP) e outras entidades, seguem realizando estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental para aprimorar a logística ferroviária no Estado do Paraná. É justamente um trecho que passa pela região dos Campos Gerais apontado como um dos maiores gargalos logísticos do setor: a linha férrea entre os municípios de Guarapuava e Ponta Grossa. O trecho da Serra do Mar, entre Curitiba e Paranaguá, é apontado como o outro maior gargalo no Paraná. Para superar esses desafios, há a intenção de construir um novo trecho, de Guarapuava ao litoral.

“Vendo a necessidade de aumento do transporte ferroviário, a Secretaria de Infraestrutura e Logística, por meio da Ferroeste, está buscando estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental para superar estes dois maiores gargalos logísticos do Paraná”, enfatiza o presidente da Ferroeste, João Vicente Bresolin Araujo. Em ambos os casos, dois são os principais empecilhos na otimização da logística: a grande quantidade de curvas, já que ambos os trechos são sinuosos, e também a velocidade média de operação, considerada baixa.

O traçado da estrada, muito antiga, inviabiliza o tráfego de grandes composições. “A ferrovia que conecta a produção com o Porto de Paranaguá foi construída de 1885, por D. Pedro II. Precisamos de uma ferrovia com engenharia do século 21, produtiva e competitiva e com o modelo ambiental necessário”, defende o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino.

No Plano Estadual de Logística de Transporte, que traz um guia de obras apontadas como essenciais para o desenvolvimento do Paraná, para serem realizadas até 2035, que está sendo apresentado pela Fiep, há ainda, algumas soluções que podem ser desenvolvidas a curto prazo, para minimizar os problemas até que grandes investimentos sejam feitos. Entre elas está uma pequena alteração de raio na chamada curva São João, localizada na Serra do Mar. Além disso, na mesma ferrovia é preciso também ampliar a capacidade do trecho da Serra da Esperança, que liga Guarapuava a Ponta Grossa e à Lapa. Estudos estão sendo feitos neste momento para gerar soluções já no curto e médio prazos, bem como projetos a longo prazo estão em elaboração

Para longo prazo, projetos prévios já realizados, com o possível trajeto, mostram que a nova linha entre Guarapuava e Paranaguá não passaria por Ponta Grossa, e sim mais ao sul da região dos Campos Gerais. Já a partir de Curitiba, ela reveria seguir uma rota parecida com a da BR-277, com menor quantidade de curvas.

Investimentos devem ser realizados com recursos privados

Agora, após os levantamentos apontarem quais são os projetos considerados essenciais, há o estudo de como eles podem ser viabilizados. “O PELT nos indicou o que precisa ser feito. Agora precisamos buscar formas de viabilizar estas obras”, destaca João Arthur Mohr, executivo do Conselho de Infraestrutura da Fiep. Segundo ele, muitas destas obras serão feitas com recursos privados. “O Poder Público não tem recursos suficientes para tantos investimentos. Os orçamentos da União, estados e municípios estão comprometidos com educação, saúde, segurança e previdência. Mas há investidores privados, inclusive internacionais, interessados em financiar obras de infraestrutura”, destaca Mohr. Segundo ele, para atrair estes investimentos são necessários projetos técnicos bem estruturados, segurança jurídica no país e juros menores para atrair capital. “Com a manutenção dos juros altos o dinheiro acaba sendo direcionado todo para o mercado financeiro”, observa.

Ferrovias estão no limite

O presidente da Ferroeste observa que o índice de cargas transportadas por vagões, que chegam até Paranaguá, tem se mantido estável nos últimos anos, o que comprova o limite das ferrovias no Paraná. “O Porto de Paranaguá movimenta anualmente 45 milhões de toneladas de produtos por ano, sendo que apenas 20% deste total chega por ferrovia. O Porto de Santos, por exemplo, recebe 40% da sua carga por vagões”, explica Araujo. 

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