Dinheiro
PG supera Maringá em repasses de ICMS
Alta na produção industrial em Ponta Grossa elevou o índice de participação estadual em repasse de impostos
Fernando Rogala | 12 de agosto de 2017 - 04:23
O incremento no Valor Adicionado total do município impactará
diretamente em um aumento nos repasses do Imposto Sobre a Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS), por parte do Governo Estadual, ao município de
Ponta Grossa em 2018. De acordo com o índice prévio, divulgado pela Secretaria
de Estado da Fazenda, o incremento nos indicadores econômicos mostram que Ponta
Grossa superou Maringá, no ranking dos repasses. Sem a atualização da inflação,
Ponta Grossa deverá receber R$ 156 milhões em 2018, enquanto que Maringá R$ 151
milhões. Neste ano, por exemplo, Maringá receberá R$162,8 milhões.
No índice total do município, Ponta Grossa teve um aumento
de 4,69%, acima da média estadual, de 3,26%. Entre as 25 primeiras cidades do Estado
em repasse, Ponta Grossa teve o segundo maior incremento, atrás apenas de Foz
do Iguaçu, cuja alta chegou na casa dos 8%, em função da alta produção
energética por parte da Usina de Itaipu. “A questão de passar Maringá está
muito bem definida. A diferença nossa para Maringá está consolidada, porque o
índice deles caiu para 0,022, enquanto que o de Ponta Grossa está em 0,0237”,
destaca o Secretário Municipal de Gestão Financeira, Cláudio Grokoviski.
Com relação a Foz do Iguaçu, o secretário declara que é
apenas questão de tempo para Ponta Grossa ultrapassar, par assumir a quinta
colocação estadual. “A possibilidade de passar Foz do Iguaçu é real, porque a
diferença é muito pequena. Ao pegar os 12 meses de produção da Ambev em 2017, possivelmente
será muito maior aqui, o que fará o município passar Foz do Iguaçu, que é um grande
concorrente porque tem uma hidrelétrica”, esclarece, lembrando que o Valor
Adicionado deste ano será calculado no próximo ano para fazer o repasse em 2019.
Grokoviski ressalta que dos 100% que o Governo do Paraná
arrecada com o ICMS, 25% são devolvidos aos municípios, de acordo com esse
índice de repasse, que é composto por sete itens, para fazer o controle de
distribuição igualitária (para que municípios pequenos, rurais, com baixa
geração de ICMS, não receba um valor muito baixo do Estado). Entre estes sete
itens, o Valor Adicionado total representa 75% na conta deste índice.
Geração de riquezas é
convertida em recursos às cidades
A situação econômica do município tem extrema importância no
repasses de recursos por parte do Governo Estadual. Recursos os quais auxiliam
no incremento do orçamento municipal. O secretário Cláudio Grokoviski lembra
que é bom o município pagar um alto valor de ICMS ao Estado, mas que o mais
importante é ter uma economia fortalecida para que os índices de repasse sejam
altos. “O que interessa é a geração de Valor Adicionado do município. O
prefeito, por exemplo, na próxima semana estará indo para a Coreia atrás de
novas empresas que têm interesse em investir em Ponta Grossa. Quanto mais
indústria tiver, mais reflete na alta do Valor Adicionado”, completa. Com a
finalização deste índice, Grokoviski acredita que será possível um aumento nos
investimentos previstos para o município para 2018. “Se configurar nesse valor,
há um aumento nas receitas, que vão estar na Lei Orçamentaria, então imagino
que mandaremos um valor acima de R$ 820 milhões”, conclui o secretário
municipal.
Composição do índice
O Valor Adicionado Total representa 75% do montante para a composição do índice de repasse de ICMS ao município. Além dele, há outros seis índices: produção agropecuária, população (quantidade de habitantes), quantidade de propriedades rurais, área (km²), fator ambiental e distribuição igualitária.
Município Valor (R$) Variação do índice
Curitiba 695,8 mi -9,29%
Araucária 459,4 mi 4,51%
São J. Pinhais 303,6 mi -10,30%
Londrina 176,2 mi -2,42%
Foz do Iguaçu 158,0 mi 8,24%
Ponta Grossa 156,6 mi4,72%
Maringá 151,2 mi-2,69%
Cascavel 130,3 mi0,05%
Toledo 105,3 mi3,39%
Guarapuava 80,9 mi1,14%