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PG tem maior PIB industrial do interior do PR

Números da Secretaria de Estado da Fazenda mostram um incremento de 15,2% na geração de riquezas industriais, maior alta entre as principais cidades do Paraná

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Mesmo em um ano de retração econômica, em que o Produto Interno Bruto nacional apresentou uma retração de 3,6%, Ponta Grossa mostrou sua força na produção industrial. O Valor Adicionado da indústria em 2016, já retirados os custos de produção, apresentou um crescimento de 15,28% na comparação com o ano anterior (2015) no município de Ponta Grossa. O valor, que somou R$ 3,99 bilhões em 2015, saltou para R$ 4,60 bilhões no ano passado. Os números foram divulgados pela Secretaria Municipal de Gestão Financeira, com base nos números divulgados pela Secretaria de Estado de Fazenda (SEFA). O montante mantém Ponta Grossa na liderança do ranking estadual de produção industrial entre as cidades do interior.

"Contra números não há o que discutir", resume o Secretário Municipal de Gestão Financeira Cláudio Grokoviski, ou simplesmente ‘Claudinho’, como é conhecido pelos mais próximos, ao revelar os números à reportagem do Jornal da Manhã e Portal aRede em sua sala na Prefeitura. “Tirando a Região Metropolitana de Curitiba, o Valor Adicionado da Indústria de Ponta Grossa é o maior do Paraná. Esse dado é interessante, porque mostra que a concentração de indústria do município é muito grande”, completa o secretário, comprovando a afirmativa de que a cidade tem o maior parque industrial do interior do estado.  

Entre os dez municípios que estão no topo do ranking estadual do Valor Adicionado da Indústria do Paraná, Ponta Grossa registrou o maior crescimento na comparação com o saldo registrado no ano imediatamente anterior. Claudio Grokoviski informou que este grande crescimento já era algo esperado pelo governo municipal. “Era esperado justamente por esse processo que o município passou de industrialização. Em 1997, no governo Jocelito, teve um período de industrialização e, desde então, ficou praticamente parado. Foram nesses quatro primeiros anos do governo Marcelo que teve essa questão vir novas industrias ao município e isso se reflete, com certeza, na abertura da Ambev”, diz, fazendo referência, também a ampliações de indústrias, como da Heineken e Tetra Pak.

O Secretário de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional, Paulo Carbonar, ressalta que esses números também refletem em outras áreas. "O processo de industrialização pelo qual Ponta Grossa está passando desde 2013 aumentou consideravelmente alguns índices econômicos da cidade. Assim como nos últimos cinco anos a arrecadação de ICMS cresceu 69%, os nossos saldos de empregabilidade estão acima da média estadual – só a Agência do Trabalhador colocou quase duas mil pessoas em vagas de emprego neste ano”, destaca.

Projeção é de crescimento para 2017

Apesar de ter o maior crescimento entre as maiores cidades paranaenses em 2016, para este ano há uma previsão de incremento ainda maior, segundo o secretário de finanças. “A Ambev, em 2016, não foram 12 meses, mas oito meses [inauguração ocorreu em maio]. Então quando pegar os 12 meses de 2017, possivelmente será muito maior”, informa. E isso sem contar na Heineken, que investiu cerca de R$ 400 milhões para ampliar em 40% a capacidade produtiva da unidade – investimento o qual já fez a multinacional holandesa superar a Ambev na geração de ICMS regional no primeiro semestre de 2017.

Serviços alteram os cálculos

Há uma polêmica, contudo, quando se pega os números finais da Secretaria. Como explica Grokoviski, não há a listagem do setor de serviços, assim, alguns itens são incorporados na indústria ou comércio na conta final da SEFA. A indústria em si, que gera R$ 4,6 bi em Ponta Grossa, sobe para R$ 4,95 bilhões nos cálculos finais da Secretaria quando considerado a Energia Elétrica (R$ 349 milhões). E Foz do Iguaçu acaba ultrapassando Ponta Grossa: os R$ 71 milhões gerados pelas indústrias da cidade da fronteira saltam para R$ 6,07 bilhões quando considerados os R$ 5,99 bilhões da Itaipu, que registrou recorde em produção energética em 2016. “A única coisa destorcida é que eles usam o valor da distribuição de energia neste cálculo, que não é propriamente a indústria. Eles entendem que é a comercialização da produção de energia”, justifica o secretário.

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Valor Adicionado total cresce 10,09% em 2016

A grande elevação no Valor Adicionado da Indústria fez com que o município também obtivesse destaque estadual no aumento do Valor Adicionado Total, que agrega, além da indústria, a soma do Valor Adicionado do comércio, produção primária, autos e recursos. No total, foram R$ 8,11 bilhões registrados em 2015, valor R$ 744 milhões superior aos R$ 7,36 bilhões acumulados em 2015. No contexto das dez cidades do Paraná que tiveram a maior alta no V.A., Ponta Grossa aparece na liderança novamente, com o índice de 10,09%. No ranking, na segunda colocação, aparece Toledo, cidade que alta de 4,92% no Valor Adicionado. As maiores quedas ficaram com Guarapuava (-11.9%) e Maringá (3,10%).

A indústria, que registrou, inclusive, um aumento no número de contribuintes, de 1.238 para 1.276, fica bastante evidente no índice do município de Ponta Grossa, já que, nos outros fatores, não houve crescimento expressivo. O comércio, por exemplo, perdeu quase 200 contribuintes e elevou o Valor Adicionado de R$ 1,800 bilhão para R$ 1,008 bilhão. Já a produção primária caiu de R$ 441 milhões para R$ 437 milhões. 

Ranking do V.A. da indústria nos municípios

Cidade        VA da indústria    VA do comércio

AraucáriaR$ 17,99 bi            R$ 4,35 bi

Curitiba        R$ 11,53 bi            R$ 17,80 bi

São José dos PinhaisR$ 8,55 biR$ 3,74 bi

Ponta GrossaR$ 4,60 bi    R$ 1,80 bi

Telêmaco Borba R$ 2,30 bi    R$ 272 mi

MaringáR$ 2,14 bi    R$ 3,57 bi

LondrinaR$ 2,09 bi         R$ 4,29 bi

Arapongas R$ 1,60 bi    R$ 545 mi

Toledo        R$ 1,60 bi    R$ 723 mi

Campo Largo R$ 1,28 biR$ 579 mi

Pinhais         R$ 1,18 bi    R$ 1,59 bi

CascavelR$ 1,17 bi    R$ 2,89 bi

ParanaguáR$ 1,14 bi    R$ 925 m

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