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Preço do frete registra queda nos Campos Gerais

Levantamento foi realizado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz (EsalqLog)

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Mesmo o Brasil registrando a maior produção agrícola de sua história, o valor do frete não acompanhou o incremento da geração de riquezas no campo. Levantamento do grupo de pesquisa e extensão em logística da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz (EsalqLog) mostra que, desde o mês de fevereiro, em que ocorreu o pico da colheita no Mato Grosso, os preços estão caindo. Em alguns trechos, segundo a análise, os valores chegam a estar mais baratos do que a média registrada há um ano.

A pesquisa também levou em conta informações da região dos Campos Gerais. Ponta Grossa, principal polo moageiro de soja do país, referência nacional no preço do grão, também foi incluída no levantamento, o qual aponta uma queda de 6,2% no período de apenas um mês, entre abril e maio. Algo que explica é a redução na demanda pelo transporte já que, até o momento, muita soja ainda segue armazenada, aguardando o melhor preço internacional para a sua comercialização. Levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (SEAB), indica que 44% da safra 2016/17 foi negociada até junho, ante 59% no mesmo período de 2015/16.

O presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas da região (Sinditac), Neori ‘Tigrão’ Leobet, reconhece este problema, que não era esperado, segundo ele. “Em uma supersafra, o frete acabou caindo, perdendo o valor. Onde o caminhoneiro apostava em bons preços de frete, isso não aconteceu”, lamenta o líder sindical. Segundo ele, há uma grande variação nos valores, conforme a época do ano, se está na safra ou na entressafra. “O frete entre Ponta Grossa e Paranaguá custa R$ 25, R$ 28 ou R$ 30 a tonelada. E na época da safra sobe para R$ 45, R$ 50, R$ 60”, adianta.

Essa grande variação sazonal, segundo ‘Tigrão’, não é interessante, pois traz inseguranças aos transportadores. Por esse fato ele destaca que está na luta pela aprovação do Projeto de Lei 528/2015, que Cria a Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas. “É para ter uma referência mínima, para que não ocorra essas diferenças entre a safra e a entressafra. Já estive várias vezes em Brasília e amanhã pode ser votado. Mas estamos fazendo um grande trabalho em cima desse projeto, para a aprovação”, destaca.

Retração chega a 21% em outros estados

Segundo o levantamento da Esalq, uma das regiões que registrou a maior queda em relação ao ano passado foi no Mato Grosso. Da cidade de Nova Mutum, por exemplo, até o porto de Santos, o frete teve uma queda de 5,7% entre abril e maio, e de expressivos 21,8% no período de um ano, na comparação com maio de 2016. Uma das maiores quedas mensais foi registrada entre Sapezal (MT) e Porto Velho (RO), em uma redução de 9,24%. Por outro lado, entre Ponta Grossa e Paranaguá, na comparação entre maio deste ano com maio do ano passado, houve um aumento nos valores, de 15%.

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