Dinheiro
Paraná gerou 230 mil empregos com carteira assinada desde 2011
Em Ponta Grossa, neste período, foram 8,6 mil vagas de emprego geradas!
Fernando Rogala | 15 de junho de 2017 - 02:53
Mesmo com a crise, que jogou o País na maior recessão da sua
história e fez disparar o índice de desemprego, o Paraná é o segundo Estado que
mais criou empregos formais no Brasil entre janeiro de 2011 e abril deste ano.
Já descontadas as demissões, são 230,2 mil empregos gerados no período.
Os dados são de um levantamento do Instituto Paranaense de
Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes) com base no Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. O primeiro lugar
ficou com São Paulo, com saldo de 373,8 mil vagas. O Paraná ficou à frente de
estados como Santa Catarina (208,4 mil), Goiás (204,3 mil) e Rio Grande do Sul
(190,7 mil).
“O Paraná teve não apenas um desempenho melhor do que
economias maiores do que a dele, mas também superior a Estados mais populosos,
como Rio de Janeiro, que gerou 32,2 mil vagas, e Minas Gerais, com 167,1 mil”,
diz o diretor-presidente do Ipardes, Júlio Suzuki Júnior. Na avaliação de
Suzuki Junior, boa parte desse resultado se deve ao fato de o Paraná ter criado
um ambiente mais favorável para o setor produtivo, atraindo mais investimentos
e empregos.
O diretor do Ipardes afirma que teve papel fundamental nesse
processo o Paraná Competitivo, programa de incentivos fiscais do governo
estadual, que atraiu mais de R$ 40 bilhões em investimentos produtivos para o
Estado desde 2011. Os empreendimentos beneficiados criaram empregos, o que
elevou o poder de consumo e se refletiu no desempenho dos setores de comércio e
serviços.
Outro fator fundamental, diz o presidente do Ipardes, é a
política do salário mínimo regional. “O reajuste do salário mínimo regional foi
equilibrado ao conseguir recompor poder de compra do trabalhador, ao mesmo
tempo em que não onerou o setor produtivo. Isso com certeza fez diferença
nesses números”, afirma.
De acordo com o levantamento, comércio e serviços foram os que tiveram os
maiores saldos de emprego no Paraná no período. Foram 156,3 mil novos empregos
nas atividades de serviço e outros 81,8 mil no comércio. No período, o peso
negativo veio da construção civil, que registrou perda de 6,2 mil postos, e a indústria
da transformação, que eliminou 16,8 mil.
PG gera 8,6 mil vagas no período
Nesse período entre janeiro de 2011 e abril de 2017, o
município de Ponta Grossa teve saldo positivo, com a abertura de 8,6 mil novas
vagas de emprego. Os segmentos que tiveram o maior saldo na cidade foram o setor
de serviços, com 4 mil vagas novas criadas no período, seguido pela
administração pública, com 3,4 mil novos contratados. O comércio ficou positivo
em 1.816 vagas. Por outro lado, os outros três setores avaliados ficaram
negativos: a indústria perdeu 30 vagas, a construção fechou 73 e a agropecuária
retraiu em 627 postos de trabalho.
Ranking
Entre janeiro de 2011 e abril 2017, Curitiba foi a cidade que mais gerou
empregos, com saldo de 23,5 mil vagas, com uma participação de 10,2% do total.
Maringá ficou em segundo lugar (17,5 mil), seguida por Cascavel (13,1 mil),
Londrina (9,7 mil), Foz do Iguaçu (9,5 mil) e Ponta Grossa (8,6 mil empregos).