Protestos em ruas reúnem centenas de pessoas em PG

Centenas de manifestantes saíram às ruas na manhã de sexta-feira (28) em Ponta Grossa, dia em que foi convocada greve geral em protesto às reformas da previdência e trabalhista. A concentração com o maior número de pessoas aconteceu na Praça Barão de Guaraúna. A estimativa dos organizadores é que pelo menos mil manifestantes tenham participado do ato, entre estudantes e trabalhadores de diferentes categorias. A Polícia Militar (PM) fala em 500 pessoas.

Da Praça, o grupo seguiu pela Avenida Vicente Machado até o Parque Ambiental. Liderados pelo sindicato que representa motoristas, cobradores e funcionários de empresas de transporte coletivo, o Sintropas, bloquearam a entrada do Terminal Central – um ato semelhante foi realizado nas primeiras horas do dia em frente à garagem da Viação Campos Gerais (VCG), atrasando em uma hora a saída dos ônibus.

Após uma hora de protesto, como ficou acordado entre os sindicalizados e a VCG, um grupo de pelo menos 60 pessoas insistiu em permanecer no local. Os ônibus ficaram impedidos de entrar no Terminal por cerca de 3 horas. O Sintropas emitiu uma nota repudiando a iniciativa e reforçando que não iria dar sequência as ações programadas durante o dia. A PM foi acionada e três jovens acabaram detidos acusados de desobediência, desacato e perturbação do trabalho.

Houve confusão também próximo à sede de uma empresa de transporte coletivo, no Bairro Jardim Carvalho, impedindo a saída dos ônibus. O para-brisas de um dos veículos acabou danificado. A situação se normalizou antes da chegada da PM.

Movimento ocorreu de maneira tímida pelos Campos Gerais

De acordo com levantamento oficial repassado pelo 1º Batalhão da Polícia Militar (BPM), em Carambeí, a 20 quilômetros de Ponta Grossa, oito pessoas se reuniram logo pela manhã em frente à garagem de uma empresa de transporte coletivo localizada no Bairro Boqueirão. Já em Piraí do Sul, 50 manifestantes realizaram uma passeata tendo como ponto de partida a Praça Francisco Siofy. O ato foi encerrado em frente à Prefeitura. O movimento foi considerado pacífico pelos órgãos de segurança. Não foram registradas manifestações em Palmeira, Porto Amazonas, Castro, Sengés, Jaguariaíva e Arapoti.

Mobilizações

Acompanhe como foi a adesão:

- Policiais civis da 13ª Subdivisão Policial (SDP) realizaram um ato na manhã de sexta-feira (28). Durante 24 horas apenas os casos de flagrantes foram atendidos;

- O Ministério Público (MP) e o Fórum de Ponta Grossa não tiveram expediente;

- Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), sete trechos de rodovias no Paraná foram bloqueados durante o dia. O órgão reforça que as desobstruções não envolveram confrontos com manifestantes;

- Algumas escolas da rede estadual desconsideram a orientação do Governo em não aderir ao movimento. O Núcleo Regional de Educação de Ponta Grossa não foi encontrado para repassar o número de instituições paralisadas e a quantidade de alunos que ficaram sem aula; 

- O Sindicato dos Bancários de Ponta Grossa e região distribuiu pelo menos três mil panfletos de esclarecimento sobre as reformas em andamento no país. Cinco agências da área central – uma de cada bandeira em atuação no município – começaram a atender o público com uma hora de atraso.