Cotidiano
Sem parentes no Brasil, família vive drama em liberação de corpo no IML
Corpo de senhora de 70 anos não pode ser liberado pelo IML de Ponta Grossa sem a autorização de parentes de 1º ou 2º grau. Único irmão vive nos Estados Unidos.
Rodrigo Souza | 06 de maio de 2016 - 04:04
Corpo de senhora
de 70 anos não pode ser liberado pelo IML de Ponta Grossa sem a autorização de
parentes de 1º ou 2º grau. Único irmão vive nos Estados Unidos.
Amigos e conhecidos de uma senhora de 70 anos passam atualmente
por um drama junto ao Instituto Médico-Legal (IML) de Ponta Grossa. O corpo da
mulher, que morreu na quarta-feira (04) por conta de uma queda, não pode ser
liberado pelo órgão sem a autorização de parentes de 1º ou 2º grau. O problema
é que a única pessoa que poderia solucionar o caso mora no Estados Unidos, e não
tem condições de viajar ao Brasil somente para a liberação.
De acordo com funcionários do IML, uma lei proíbe que
qualquer corpo seja liberado sem a autorização de uma pessoa que não tenha grau
de parentesco. A vítima, que também não pode ter a identidade divulgada sem
autorização da família, não possui parentes aptos para a liberação em Ponta
Grossa – segundo informou um funcionário do IML, somente uma prima distante,
sem autorização legal, mora na cidade.
A vítima faleceu na última quarta-feira (04) após ficar um
período internada no Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais (HURCG)
por conta de uma queda. Por se tratar de uma morte causada por um trauma, o
corpo precisou ser recolhido junto ao IML para a realização de exames de
necropsia. Agora, a liberação depende da autorização de parentes.
Familiares já iniciaram um trâmite na Justiça para que a
liberação seja realizada por pessoas que a conheçam em Ponta Grossa. Uma amiga
da vítima, que preferiu não se identificar, entrou em contato com o Portal
aRede e expôs a situação. “Só queremos realizar um funeral digno para ela e
prestar as últimas homenagens à nossa amiga”, disse.