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Imagem ilustrativa da imagem Eleições: truques e manipulações

Por Marcos Lins Condolo

                Mais uma vez assistimos estarrecidos cenas dantescas da política nacional, que se repetem à exaustão e já fazem parte do cotidiano. Vimos nessa semana o marqueteiro do PT afirmar, em delação premiada, ter recebido milhões de dólares provenientes de caixa dois da campanha presidencial da ex-presidente da república. Pelas plagas princesinas, guardando as devidas proporções, outro acontecimento pitoresco ganhou repercussão no mesmo período, envolvendo figura já conhecida no Paço Municipal, aquela do “homem que não estava lá” (referência ao atual secretário de assistência social e o absoluto desconhecimento da pasta que chefia).  

                Mas, no mesmo contexto e envolvendo o tema da semana, lembremos que no final de 2015, o impoluto congresso nacional novamente apresentou à sociedade um arremedo de reforma eleitoral, que manteve o velho e arcaico modelo político brasileiro, qual seja: a possibilidade de doações financeiras oriundas de fontes duvidosas; o voto obrigatório; o sistema de voto proporcional, que diminui a qualidade da representação política; a manutenção do perverso foro privilegiado e a excessiva pluralidade partidária.

                Com a aproximação da campanha eleitoral de 2016 e os maciços investimentos que serão empregados para convencer o eleitorado, convém lembrar uma recente e oportuna publicação nas redes sociais, mencionada pelo amigo Flávio Zanin, o qual fez alusão às ideias do filósofo e ativista político francês S. Timsit, que prognosticou: “quando você não pode controlar as pessoas pela força, você tem que controlar o que as pessoas pensam, e a maneira típica de fazer isso é através da propaganda.” Segundo o estudo em comento, existem estratégias concebidas cuidadosamente e direcionadas à opinião pública, que criam um senso comum e levam a população a agir de determinado modo, sofrendo verdadeira manipulação ideológica.    

                Dentre as 10 estratégias mais comuns de manipulação em massa, destaca-se a mais propícia para o atual momento, aquela intitulada “utilizar o aspecto emocional muito mais do que a reflexão”. Neste sentido, durante a campanha eleitoral que se aproxima, veremos candidatos utilizarem largamente de argumentos e apelos emocionais, produzindo no eleitor desavisado diversos sentimentos correlatos, ligados a ideais, desejos, medos e temores e, principalmente, a sugestão ao voto inconsciente.

                Evidentemente que o artifício em consideração transformará o perfil do candidato que, seguindo rigoroso script cinematográfico, auxiliado por abundantes recursos financeiros e estratégias de marketing, iludirá o eleitor suficientemente para confiar o voto àquele que mais investiu em sua falsa caricatura pessoal, criada episodicamente para ludibriar o cidadão.

Marcos Lins Condolo

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