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Imagem ilustrativa da imagem Educação integral: uma necessidade

Por Isonel Sandino Meneguzzo

Apesar de inúmeras propagandas apontarem para a melhoria da qualidade da educação no Brasil, no Paraná e, principalmente em Ponta Grossa, muita "maquiagem" ocorre nos números referentes aos indicadores educacionais (ver IDEB, por exemplo). Infelizmente esses indicadores não refletem a realidade das instituições de ensino (boa estrutura física, equipe de professores/pedagógica competente e alunos com boa formação escolar). Principalmente as públicas, carecem ainda de cuidados por parte não apenas de gestores públicos, mas da própria comunidade escolar.

Nesse sentido, a ideia de tornar a educação pública em período integral e que promova a melhoria da educação, não é nova em nosso país. Há anos ocorrem discussões e propostas de implementação da educação integral na educação básica.

Em Ponta Grossa, um projeto de lei de um vereador propõe deixar para a família (pais ou responsáveis) escolher se a criança estudará em período integral ou meio período. Apesar de causar polêmica entre professores e a sociedade em geral, a proposta do vereador deve ser discutida com fôlego pela comunidade escolar, haja vista que vários elementos permeiam esta decisão.

Sob um ponto de vista a proposta de deixar a escolha aos responsáveis é interessante, pois permite aqueles pais que acham pertinente, colocar seu (sua) filho (a) em atividades esportivas, culturais, etc. no contra-turno escolar, e em instituições privadas, por exemplo. Por outro lado, existem aqueles que podem deixar seus filhos em período integral, sob a tutela do "estado" em período integral e na mesma instituição.

            Há que se levar em conta os aspectos legais que também permeiam essa questão polêmica. Certamente Constituição Federal e Lei de Diretrizes e Bases da Educação devem ser levadas em conta. Outro fator importante refere-se à quais atividades serão realizadas durante todo o dia, quem cuidará dos jovens, se as instituições de ensino possuem estrutura física/material e corpo docente para comportar a educação integral de QUALIDADE. Adicionalmente, deve-se também ter ciência dos custos para a implementação no curto, médio e longo prazo.

Caso as prerrogativas acima sejam suficientemente atendidas, certamente a educação integral será de grande valia para toda a sociedade e irá contribuir para a formação estudantil de nossos jovens.

No momento, o importante é que ocorra uma ampla discussão, com consulta à professores (as), pedagogas(os), diretores (as), especialistas em educação, pais e responsáveis para que a decisão tomada procure atender aos anseios da sociedade e, no fim, atendam de forma satisfatória os (as) educandos (as).

            Caso a educação se torne mesmo integral (obrigatória ou não), que seja de QUALIDADE e que as escolas não sejam um simples "depósito" de crianças.

Isonel Sandino Meneguzzo

É licenciado e Doutor em Geografia - Professor do Departamento de Geociências - UEPG)

Tema da Semana:

Projeto quer flexibilizar ensino integral nas escolas de Ponta Grossa

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