Conselho Da Comunidade
Ponta Grossa, quais são seus planos?
Mario Martins | 03 de maio de 2016 - 01:51
Foi iniciada a corrida
contra o tempo para aprovar a revisão do plano diretor de Ponta Grossa. Corrida
contra o tempo sim, pois o trabalho deve terminar no final do ano e as várias
etapas que compõem o processo têm prazos apertados e datas bem definidas para
serem concluídas, conforme apresentado na audiência pública realizada no Cine
Teatro Ópera no dia 26/04 e na primeira reunião com o grupo de acompanhamento
popular, realizada no auditório da Associação dos Engenheiros e Arquitetos no
dia 29/04. No dia 06/05, a consultoria contratada pelo município para prestar
apoio técnico neste trabalho entregará o relatório de avaliação inicial
contendo, dentre outras informações, o parecer sobre a atual estrutura física e
de pessoal da prefeitura. Este aspecto é especificamente importante porque de
nada adianta ter um plano diretor maravilhoso e o município não dispor de
equipe técnica e estrutura física e material suficientes para a gestão urbana.
Como disse o Prof. Eng. Civil José Ricardo Vargas de Faria, da UFPR, em sua
palestra na audiência pública do dia 26, não devemos criar muitas expectativas
em torno do plano diretor em si considerando que solucionará os problemas
existentes, pois é apenas um instrumento de gestão dentre tantos outros e a
realidade da cidade não se constrói sobre um plano diretor, mas sim sobre as
relações, negócios, oportunidades e interesses diversos que diariamente se
apresentam.
A equipe técnica do IPLAN
demonstra vontade e entusiasmo neste início de trabalho, bem como a população,
que participou em peso da primeira audiência pública e da reunião de
capacitação com o grupo de acompanhamento e membros do Conselho da Cidade.
Considerando que o processo gerará ao final um “produto” (a minuta de lei do
plano diretor revisado), seria fundamental a participação dos senhores
vereadores desde estas fases iniciais, pois são oriundos de vários bairros e
regiões diferentes e não podem estar alheios a este processo de discussão e
debate sobre o desenvolvimento da cidade. É o que se espera deles, cumprindo o
dever para com a coletividade que os elegeu e os quer atuantes em suas funções
de “sugerir” e “representar”.
O IPLAN, em sua página na
internet, disponibiliza os documentos atinentes ao processo, que está dividido
em quatro fases: 1ª fase – “mobilização e estruturação”; 2ª fase – “análise
temática integrada”; 3ª fase – “diretrizes e propostas”; 4ª fase – “plano de
ações, investimentos e institucionalização do plano diretor”. A fase inicial
atual busca apresentar e discutir as metodologias, elaborando-se o plano de
trabalho que contempla o plano de mobilização, a caracterização administrativa
atual do município e o estado de implementação do plano diretor vigente.
Apesar de não devermos “apostar nossas fichas” no plano diretor
como único agente de mudança da realidade, devemos esperar que ele aponte as
deficiências na estrutura administrativa municipal que certamente mais limitam
a construção de uma cidade mais organizada: a estrutura de planejamento e de
fiscalização. Sem isso, qualquer plano diretor, bom ou ruim, será inócuo.
Vânder
Della Coletta Moreno
Tema da
Semana:
Novo Plano Diretor
conseguirá propor soluções para o desenvolvimento
de PG!