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TEST DRIVE JM: Focus Fastback esbanja tecnologia

Reportagem do caderno ‘Autos’ do Jornal da Manhã avalia a versão Titanium Plus do modelo ‘sedã’da Ford

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Fastback. É assim que a Ford chama a versão 'sedã' do seu modelo Focus. O modelo ganhou essa nova nomenclatura com a apresentação da versão 2016 do modelo, que chegou às concessionárias em agosto do ano passado com um novo visual. Foi apenas um 'facelift', mas com o qual o modelo ganhou uma elegância incomparável, com uma harmonia sem igual.

Apesar da beleza indiscutível, não é apenas o aspecto exterior que mais chama a atenção no modelo. O que mais impressiona, de verdade, é toda a tecnologia embarcada nele. São 'recheios' que concorrentes não possuem e que dão um banho em carros muito mais carosde categorias superiores. Para se ter ideia, ele possui algumas tecnologias ausentes até mesmo no mais completo Fusion, o sedã 'grande' da mesma Ford. Se não bastassem todas as suas qualidades, o modelo ainda conta com a 'rebeldia' de um motor de 2.0 litros, que rende 178 cavalos, e confere ao veículo uma excelente relação de peso/potência.

Desta vez, a reportagem do Jornal da Manhã fez justamente o teste com a versão mais completa deste sedã, a 'Titanium Plus', que conta com todos os aparatos tecnológicos disponíveis para o modelo. A avaliação foi feita com o modelo na cor Branco Ártico, com o preço de 104.590,00. 

Confira detalhadamente como funciona cada tecnologia e descubra quais delas mais nos surpreenderam!

Impressões iniciais: Tecnologia com sistema autônomo impressiona 

Dirigir o novo Ford Focus é experimentar novas sensações. É capaz de impressionar até mesmo quem já tem conhecimento a respeito das tecnologias, viu vídeos e já leu sobre. Acionar o sistema de estacionamento automático em uma rua e deixar o carro por conta, virar o volante sozinho, desvirar e 'encaixar' na vaga, mesmo em uma apertada, é algo indescritível. Na primeira vez que se vive aquilo, ocorre um mix de espanto com desespero. 'Não é possível', pensa-se. A vontade que dá é de meter a mão no volante e interromper, realizando 'manualmente' o trabalho, mas a tecnologia é incrível e coloca o carro milimetricamente no lugar. Já ao sair, e nas próximas tentativas, passa-se a admirar e confiar 100% na máquina.

O que falar, então, do seu piloto automático? O 'cruise control' pode até não ser novidade para ninguém, mas o incorporado ao Focus FastbackTitanium é superior e sem igual em sua categoria: ele possui um Piloto Automático Adaptativo, que ajusta automaticamente a velocidade para manter sempre uma distância segura entre o Focus e o carro da frente. É um carro que freia sozinho, tanto na estrada quanto na cidade, mesmo com o piloto automático desligado, para evitar ou reduzir o impacto de uma colisão.

É claro que não é só a tecnologia que impressiona. Apesar de ela estar presente durante sua remodelação - que o deixou 15% mais eficiente aerodinamicamente em relaçãoao modelo com desenho anterior -, o que mais chama a atenção no modelo, em um primeiro contato, é seu desenho. Embora seja um facelift, ganhou elegância sem igual. Os traços são muito refinados, o que o torna um dos mais harmônicos - se não o mais - entre os sedãs de sua categoria. 

O desenho fluido encanta da dianteira, que foi totalmente redesenhada, até a traseira, que possui um terceiro volume mais inclinado, e que faz a Ford o chamar de 'fastback' (termo utilizado para modelos cujo design é caracterizado por uma linha contínua, que começa no para-brisa, passando pelo teto, com uma queda suave e contínua até a parte traseira do veículo,sem interrupção, como ocorre nos sedãs). Faróis e lanternas são novos. Ainda na frente, aos mais ligados no mundo automotivo, ao observar o desenho da grade, impossível não lembrar um Aston Martin. Além disso, é um carro bastante largo - pasmem, o grande sedã Fusion é apenas 2,9 centímetros mais 'musculoso' que ele!

Ao volante

O Focus Titanium Plus já demonstra toda sua tecnologia mesmo antes de ver o carro pela primeira vez. Esqueça-se da chave convencional ou do tipo: ele não tem. A 'chave' que o vendedor entrega é um controle com três comandos (travar as portas, destravar, e abrir o porta-malas). Contudo, se não quiser tirar a 'chave controle' do bolso, basta passar a mão na maçaneta para destravar o carro (acesso inteligente). Para ligar o carro, pise no freio e aperte, nas proximidades onde ficaria o tambor de ignição, atrás do volante, do lado direito, o botão 'engine start/stop' (a tecnologia de partida sem chave, que a montadora chama de 'Ford Power'). 

Dentro, a sensação é que o carro te veste. Acomodado no confortável e belíssimo assento de couro, com linhas e costura a mostra, é fácil achar a posição de dirigir. Os comandos do banco, de distância, altura e encosto são elétricos, dispensando qualquer tipo de esforço. O único comando manual é o ajuste lombar. A barra de direção também é escamoteável, que auxilia no ajuste adequado. O formato do banco, as linhas da porta e do painel favorecem essa impressão de ficar ajustado, encaixado no carro. O painel, aliás, possui revestimento emborrachado do estilo 'soft touch'. O desenho do painel acompanha o do exterior: é bastante moderno e  anguloso, que agrada geral, inclusive com as saídas de ar afiladas. As portas possuem um revestimento com muitas curvas, trazendo um refino; e contam com detalhes em couro, também expondo o luxo da versão. As maçanetas internas têm detalhe em cromo acetinado e os puxadores tem acabamento em black piano.

Com o propulsor acionado, antes de aliviar o freio, você tem duas opções no câmbio automatizado Powershif de dupla embreagem (não há opção manual no fastback): tirar a alavanca do Park e puxá-la para o D (Drive), que é a condução que prioriza a economia de combustível, ou então para o S, a 'Sport'. Com ela, as trocas de marcha ocorrem em uma rotação mais elevada, priorizando o desempenho. É nessa última opção que você pode fazer as trocas das marchas manualmente através dos paddles shifts atrás do volante. Para acionar essa troca manual, basta dar um toque em uma das 'asas' que você controla as marchas de forma sequencial. Caso se esqueça de uma troca quando o tacômetro chega na 'red line', a troca ocorre automaticamente - assim como a tentativa de uma redução de marcha que a rotação fique muito alta na marcha mais baixa, que o sistema impede. 

Motorização

O motor é muito forte. Com 178 cavalos quando abastecido com etanol (ele é flex), é um dos mais fortes da categoria. Seu bloco é o do já conhecido Duratec de 2,0l. Ele ganhou novas tecnologias, como a injeção direta, o duplo comando variável no cabeçote e o posicionamento lateral das válvulas de injeção, o que permitiu render toda essa cavalaria mesmo sem sobrealimentação, sendo naturalmente aspirado, que lhe confere uma excelente potência específica de 89 cavalos por litro. O agora 2.0l Direct Flex foi considerado o primeiro com injeção direta bicombustível do mundo.

É força de sobra. A primeira marcha, por exemplo, é bastante alongada e o carro passa dos 50 km/h para fazer a troca para a segunda em uma tocada mais esportiva. Com o pé no fundo, sente seu corpo grudar no assento com ao arrancar- sua aceleração de 0 a 100 km/h é feita na casa de 9 segundos. O acelerador é muito bem ajustado e responde a contento, quando demandado de pouca aceleração, para um trânsito urbano, por exemplo. Na estrada, ao grudar o da direita no assoalho e soltar toda a cavalaria, esbanja potência: em uma retomada atinge muito rápido a velocidade máxima da via e poderia ultrapassar com muita facilidade - a Ford informa a velocidade máxima acima dos 200 km/h. Portanto, ligue sempre o limitador de velocidade! 

Viajando, com a sexta marcha engatada, a 90 km/h, o carro roda a 2,1 mil rpms, silencioso e econômico. Com o piloto automático acionado (o qual você pode elevar a velocidade do carro no próprio volante, apertando as setas + ou -, que ajustam a velocidade de 2 em 2km/h) é interessante ver, no consumo instantâneo do computador de bordo, como baixa o gasto e faz uma média de consumo incrível na estrada, podendo passar dos 15 km/l. No teste do Inmetro, o carro fez 9,7 km/l na cidade e 13 km/l na estrada quando abastecido com gasolina.

Direção e comportamento

Na cidade é muito fácil de pilotar o Focus. O câmbio automatizado dispensa as trocas e roda macio, mas, ao mesmo tempo, firme. Uma das coisas que mais agrada é o silêncio dentro da cabine - o isolamento acústico é tão bom que nem escuta o carro ligado em certos momentos. O assistente em rampas é muito útil em uma cidade como Ponta Grossa - mesmo em ruas bastante inclinadas, como no semáforo da Rua 7 de Setembro, esquina com a Avenida Vicente Machado, o carro não volta um milímetro para trás ao soltar o pé do freio e levá-lo lentamente para o acelerador.

O acerto da suspensão é um dos melhores no mercado hoje, tanto para a cidade, quanto, principalmente para a estrada. Fruto da suspensão independente nas quatro rodas, com o sistema multilink na traseira, algo que nem todos os concorrentes possuem. O carro é muito estável nas curvas, transmite grande confiança mesmo em movimentos mais bruscos.

A direção elétrica é direta, precisa, e reflete de imediato os movimentos do condutor. Bastante leve na cidade, é agradável para manobrar. E, por ser progressiva, fica mais pesada na estrada, para transmitir mais segurança. O elegante volante, revestido de couro, bastante macio, tem boa empunhadura.

As rodas são de liga leve, aro 17. Elas são revestidas com pneus de perfil alto (50), que trazem maior conforto ao absorver melhor as imperfeições e transpõe melhor os obstáculos - rodar nas ruas de calçamento torna-se agradáveis com ele, que faz o piso parecer melhor do que é (o ótimo isolamento acústico e acerto de suspensão também são primordiais aqui). Os pneus são os ótimos Pirelli Cinturato P7, com 215 mm de banda.

Segurança

Para começar, são seis airbags: dois frontais, dois laterais e dois de cortina. Mas, para evitar as colisões, são inúmeros controles eletrônicos, como de tração (TCS), estabilidade (ESC) e de estabilidade preventivo (ETS, que atua mesmo antes das rodas derraparem, acionando individualmente cada freio para evitar a perda de controle); o de frenagem (ABS) que conta com a distribuição eletrônica (EBD) e, ainda, o auxílio de frenagem emergencial (EBA, que aumenta a força aplicada no pedal do freio). Há, ainda, a tecnologia exclusiva na categoria do Controle de Torque em Curvas, o TVC, a qual dá o comando da pinça de freio 'abocanhar' de leve o disco da roda dianteira do lado de dentro da curva, oferecendo mais torque e aderência para a roda do lado de fora. 

A cereja do bolo fica com o sistema Active City Stop (Assistente de Frenagem Autônomo), inédito na categoria. É a segurança ativa, que fica ligada todo tempo, e funciona através de sensores instalados no pára-brisa (LIDAR), que monitoram o trânsito. Em identificação de colisão eminente, o carro freia sozinho. 

Nos faróis, não basta ter o potencial de iluminação do Xenon. No conjunto óptico estão incorporados motores elétricos, que os tornam adaptativos. Trocando em miúdos, ao fazer curvas, o projetor acompanha o movimento do volante, iluminando a parte interna das curvas. Além disso, ele adapta automaticamente a altura do facho de acordo com a velocidade do automóvel, ampliando a visibilidade, porém sem ofuscar a visão dos outros motoristas. Os faróis possuem lavadores. De dia, se acende a forte luz de led, em um filete na parte superior, próximo da grade, tornando o veículo mais visível.

Conforto

A versão Titanium traz o sistema de entretenimento SYNC Media System, com o MyFord Touch. Equipado com tela touch screen de 8 polegadas no painel central, de alta resolução, é possível realizar inúmeras configurações - inclusive deixar o GPS. É possível também fazer o ajuste do ar condicionado, ou então das mídias. É nela, também, que aparecem as imagens da câmera quando se engata a ré. O veículo possui sensores de estacionamento também na frente, e um gráfico indica, na tela, o quão o carro está próximo de obstáculos. O som é o 'premium', da Sony, com 5 auto-falantes e 4 tweeters, que tocam com uma potencia e qualidade acima de qualquer expectativa.

Para acessar alguns comandos ou fazer ajustes, basta apertar um botão e conversar com o carro, para ele entender e atender ao pedido. É o comando de voz, que é acionado ao apertar um botão no lado direto do volante. Ao falar “climatização, vinte graus”, ele liga o ar-condicionado e ajusta para a temperatura desejada. Pelos comandos ele também acessa mídias, procura locais no GPS, entre outros. O ar-condicionado, aliás, é digital e individual: isso quer dizer que o motorista pode solicitar uma temperatura diferente do passageiro.

Cabe destacar que ele está equipado com a segunda geração do Sistema de Estacionamento Automático, que também estaciona o carro em vagas perpendiculares, como shoppings. Para acionar, basta estar com a seta ligada para o lado que se quer estacionar. O botão de acionamento fica ao lado do câmbio. Após apertar, quando o carro encontra uma vaga que cabe, seu único trabalho vai ser observar as instruções na tela, como solicitar para engatar a ré, já que o volante é controlado pela tecnologia. O freio é por conta do motorista. Com ele também é possível sair de vagas.

O computador de bordo, exibido entre o velocímetro e o tacômetro, possui tela colorida de alta resolução. Ele possui inúmeras opções, tanto o modo mosaico, que exibe, por exemplo, o consumo médio, consumo instantâneo e autonomia, ou então o individual, com a velocidade digital, consumo, autonomia, entre outros.

Espaço interno é suficiente para adultos e possui amplo espaço atrás, até pela largura do carro. No porta-malas, o design ‘fastback’ cobra um pouco seu preço. Ainda assim, há muito espaço, capaz de transportar exatos 421 litros. 

O modelo conta com teto-solar e, assim como os vidros, ele é elétrico. Para maior conforto, os faróis e o limpador de para-brisa têm acionamento automático. 

Mercado

O mercado onde está enquadrado o Focus Fastback, de sedãs médios, é, talvez, o mais disputado pelas montadoras. É um segmento que praticamente todas as fabricantes têm uma opção - inclusive algumas que sequer disputam em segmentos menores, como a Mitsubishi, por exemplo, com o Lancer. E encara veículos com mais tempo no mercado, como os japoneses, que lideram o ranking. Mesmo assim, o Focus se destacou em 2015, fechando o ano na quinta posição. Neste ano, houve uma grande queda na venda de sedãs médios no país, de 58,3 mil para 45 mil entre os meses de janeiro a abril. Ainda assim, o Focus elevou sua participação de mercado nesse período, de 2,95 para 3,08% do total emplacado. Já na sua versão hatch, o Focus é líder no segmento. 

Preços

O Focus Fastback é vendido em quatro versões, todas com o motor 2.0l e câmbio Powershift. A de entrada, a 'SE', custa a partir de R$ 80.390,00. Há, ainda, a 'SE Plus' e a 'Titanium', até chegar na avaliada pelo JM, a 'Titanium Plus', comercializada a R$ 104.590,00. Esse preço é na cor sólida - pintura metálica tem o custo adicional de R$ 1,3 mil. No total, são 8 opções de cores. "O público-alvo do Titanium Plus são pessoas entre 35 a 60 anos, e, no caso do Fastback, mais família mesmo", destaca Paulo Godoy, gerente de vendas da Ford Fancar, concessionária da marca para a região. Já a versão SE, segundo ele, tem grande mercado frotista. "Temos condições especiais", resume.    

Conclusão 

O Ford Focus está um passo à frente em relação aos concorrentes, principalmente na questão tecnologia. Ao incorporar tecnologias inéditas no segmento no país, não só em conforto, mas também em segurança, o que é o mais importante, se estabelece como referência. E cobra um preço compatível - há concorrentes diretos, sem ter tudo o que ele tem, que superam a casa dos R$ 120 mil, dependendo dos opcionais. E, se não bastasse todo conforto e o forte motor de 178 cavalos, conta com um design atualizado e moderno. Versátil na cidade e excelente para a estrada, prazeroso de dirigir, é uma excelente opção no segmento para quem quer um carro completo, high-tech, na faixa dos R$ 100 mil. Que não deve em desempenho ou tecnologia para alguns importados mais caros.

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