Relatório de árbitro revela selvageria no futebol amador de PG | aRede
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Relatório de árbitro revela selvageria no futebol amador de PG

Documento revela detalhes de uma tragédia anunciada, num local sem a mínima segurança, sem alambrado e sem controle de acessos de torcedores

Documento revela detalhes de uma tragédia anunciada, num local sem a mínima segurança, sem alambrado e sem controle de acessos de torcedores
Documento revela detalhes de uma tragédia anunciada, num local sem a mínima segurança, sem alambrado e sem controle de acessos de torcedores -

Mario Martins

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Documento revela detalhes de uma tragédia anunciada, num local sem a mínima segurança, sem alambrado e sem controle de acessos de torcedores

O futebol amador de Ponta Grossa virou território livre para confusões. O que poderia ser uma atividade de promoção ao esporte e ao lazer,  de incentivo às crianças e adolescentes como ferramenta para livrá-las dos vícios, perde a essência por conta de atos de hostilidade de atletas que deveriam dar bons exemplos. O relatório do árbitro Luís Marcelo Casagrande, uma das vítimas da truculência de parte dos jogadores da Associação Atlética Banco do Brasil, obtido pelo portal aRede, revela detalhes de uma tragédia anunciada, num local sem a mínima segurança, sem alambrado e sem controle de acessos de torcedores.

Veja o relatório do árbitro:

“Aos 77 minutos de jogo o atleta nº 08 Júlio Cesar Vida da equipe da AABB aproximou-se de modo visivelmente agressivo do assistente nº 01 Eduardo Ribeiro dos Santos questionando-o ostensivamente e alegando erro de interpretação de uma falta, humilhando-o por meio de xingamento: “cagão, sem vergonha, vai tomar...”. O atleta citado já havia recebido cartão amarelo anteriormente aos 74 minutos de jogo por reclamação, e pela agressão verbal dirigida ao assistente recebeu o segundo cartão amarelo, consequentemente o cartão vermelho. Imediatamente a apresentação do cartão, o atleta mencionado, visivelmente alterado, veio em minha direção me agredindo com um soco do qual consegui me esquivar. Durante a agressão, proferia frases de ameaça: “seu vagabundo, vou quebrar a sua cara, sem vergonha”. No momento em que eu tentava me afastar para me proteger, o atleta continuou com a agressão física, me agredindo nas pernas com diversos chutes e ponta pés, atingindo minha panturrilha e joelhos. Neste momento, seu companheiro de equipe nº 04 Luiz Alberto de Araújo (equipe AABB), me segurou pela camisa e pelo braço (provocando arranhões no meu antebraço direito), me empurrando e também proferindo agressão verbal, dizendo: “você é um sem vergonha, vagabundo, tem que apanhar mesmo”. Devido ao empurrão, me desiquilibrei, caindo no chão, ficando vulnerável, onde fui chutado de forma covarde e violenta novamente pelo atleta nº 08 Júlio Cesar Vida da equipe da AABB, que me agredia com chutes e socos. O mesmo não cessou a agressão até a intervenção dos atletas da equipe do Olinda que me protegeram, afastando o agressor. Saliento que em nenhum momento revidei as provocações ou cometi qualquer tipo de agressão contra o atleta citado. Quando consegui me levantar, debilitado, devido aos chutes e ponta pés, com movimentos limitados pelo trauma em minha perna esquerda, fui ameaçado de agressão pelos atletas: número 08 Júlio Cesar Vida, pelo atleta nº 04 Luiz Alberto de Araújo e o atleta nº 01 Rodrigo Vinicius Mourão, também da equipe da AABB. Estes jogadores vieram em minha direção, proferindo: “seu vagabundo, sem vergonha”. Em seguida o jogador n 1 Rodrigo Vinicius Mourão foi em direção ao assistente nº 01 Eduardo, empurrando-o de forma violenta. Outros atletas da equipe da AABB participaram das agressões e das tentativas de agressão, mas devido a aglomeração e invasão generalizada do campo, não pudemos identifica-los.  Os assistentes nº 01 Eduardo Ribeiro dos Santos e nº 02 Luís Marcelo Casagrande Filho, foram agredidos com socos, chutes e ponta pés, além das agressões verbais proferidas por torcedores e dirigentes os quais não pudemos identificar no tumulto. Salienta-se aqui a falta de segurança nas instalações da AABB, onde o campo aberto e a falta de alambrado possibilitaram a invasão do campo e as agressões. O atleta nº 11 Renato Martins, da equipe da AABB, também foi expulso por agredir verbalmente o assistente nº 01 Eduardo, tentando agredi-lo, mas sendo contido pelos atletas da equipe adversária. As agressões não tomaram maiores proporções devido a interferência dos atletas e dirigentes da equipe adversária que se colocaram à frente dos agressores na intenção de amenizar a situação e conter as agressões. Todos os fatos citados ocorreram dos 77 minutos de jogo em diante, tendo uma duração de cerca de 10 minutos. O policiamento foi solicitado, mas não compareceu a tempo de conter o tumulto e as agressões. A equipe mandante (AABB) que deveria ter promovido a segurança para a equipe de arbitragem, bem como para a equipe visitante foi a causadora de todas as agressões e ameaças”. 

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