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Osmar irá propor plano de governo para cada região do Estado

Ex-senador ressalta que voltou à vida pública com intuito de “fazer um trabalho sério em prol do Estado”. Dias ressaltou necessidade do Paraná em “vencer desafios”

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Afonso Verner

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O Jornal da Manhã e do portal aRede iniciam neste final de semana uma série de entrevistas com os virtuais postulantes ao cargo de governador do Paraná em 2018. As sabatinas terão como pauta as propostas de políticas públicas de cada uma das lideranças e as motivações para a disputa que se aproxima. O primeiro entrevista é Osmar Dias, ex-senador, ex-secretário de Agricultura do Estado e ex-vice-presidente do Banco do Brasil.

Osmar esteve durante esta semana percorrendo alguns municípios dos Campos Gerais e recebeu a reportagem do JM e do portal aRede para debater assuntos relativos a intenção se ser candidato no próximo ano. Dias dá como certa a candidatura e ressalta que retornou à vida pública movido pela “vontade de fazer um trabalho sério em prol do Paraná” – o ex-senador também falou sobre propostas para o governar o Paraná.

Dias explanou a ideia da criação de um plano de governo para cada região do Estado. “Não é possível pensar as mesmas propostas para regiões tão diferentes do Paraná”, explicou. O ex-senador também falou sobre a possível mudança partidária: com o irmão Álvaro Dias (Podemos) como candidato ao cargo de presidente da República em 2018, Osmar quer “liberdade partidária” para apoiá-lo.

Jornal da Manhã: O que te motiva a retornar à vida pública?

Osmar Dias: O que me motiva é o fato de poder contribuir diante desse momento de dificuldade que o Estado e o país enfrentam. Acho que todo cidadão tem que encarar a política como missão. Eu me preparei e o Estado me deu a oportunidade de me preparar, fui duas vezes senador, fui secretário também por duas vezes, e eu quero retribuir com a experiência que acumulei.

JM: Qual seriam os principais desafios do Paraná para os próximos anos?

Osmar: Creio que seria encontrar o equilíbrio das contas públicas. Precisamos ter recursos para fazer investimentos, como é o caso da infraestrutura, precisamos fazer também mais investimentos na segurança da população. Além disso, precisamos ter um projeto em que o jovem precisa ser incluído de forma efetiva: estudando, trabalhando e constituindo sua família.

JM: O que o senhor pensa sobre o ajuste fiscal feito pelo atual governo?

Osmar: Um ajuste fiscal como esse não pode tratar apenas de aumento da carga tributária, tem a outra coluna que precisa ser olhada que são as despesas. Enxugar despesas de uma maneira inteligente é fundamental, a população não aguenta mais pagar tanto imposto para despesas muitas vezes dispensáveis, enquanto o essencial tantas outras vezes é deixado de lado.

JM: O que sua experiência enquanto senador e secretário pode contribuir para a atuação como governador?

Osmar: Não só no Senado, mas como secretário da agricultura e presidente de empresa eu sempre tive a oportunidade de aprender bastante. Tenho total convicção de que estou preparado para resolver os problemas que o Estado está enfrentando. A política não precisa mais de discursos bonitos ao lado de artistas, mas sim de um discurso sério e exequível para que o Brasil e o Paraná atravessem essa fase difícil que estamos passando. O principal desafio é conseguir formar uma equipe competente para ouvir a população e formular um plano de governo que leve em conta tais demandas.

JM: Em uma virtual disputa em 2018, qual é a importância de Ponta Grossa e do deputado Marcio Pauliki?

Osmar: Marcio Pauliki é meu companheiro, será candidato ao cargo de deputado federal e terá meu apoio. Ele é muito importante, não só na disputa, mas num eventual governo. Ele terá sua participação de forma efetiva, o Pauliki tem demostrado competência no seu mandato, se baseando não só na política, mas em elementos técnicos. Ele estuda bastante as questões fundamentais para a sua região e será essencial nesse sentido.

JM: O senhor pretende propor um plano de governo para cada região do Paraná?

Osmar: Sim. O Paraná tem realidades muito diferentes, não é possível fazer uma discussão séria sobre propostas sem um plano de governo para cada região. Estou visitando todo o Estado para conversar com as lideranças políticas e pensar ações que contribuam com o desenvolvimento do Estado de forma equânime. Cada região do Paraná tem uma vocação específica e o Governo pode incentivar e incrementar essa vocação com ações programadas e direcionadas. Estou buscando informações técnicas para em 2018 apresentar propostas efetivas para cada região do Paraná, pensando o Estado como um todo, mas sem desconsiderar as respectivas características.

JM: Em um plano de governo para os Campos Gerais, o senhor poderia adiantar algumas das ideias?

Osmar: Estive durante a semana visitando várias cidades, conversei com as lideranças e já estamos planejamento algumas coisas para a região. Acredito que de início seria fundamental que o Governo do Estado estruturasse um porto seco na região, como forma de desafogar o porto de Paranaguá e desenvolver ainda mais a vocação aqui dos Campos Gerais – poderíamos usar a estrutura da antiga Conab para isso. Além disso, é vital que consigamos estruturar as estradas rurais: o escoamento da produção fica muitas vezes prejudicado diante da total falta de condição das vias viscerais. Por fim, acredito que precisamos ampliar o debate sobre a insegurança no campo: o que antes era algo que apenas acontecia na área urbana, tem se espalhado pelas regiões rurais. Acredito que tanto os Campos Gerais, como as outras regiões do Estado precisam ter mais atenção no combate ao crime cometido no campo, contra o pequeno agricultor.

JM: Sobre sua situação partidária. Do que depende a permanência no PDT ou a saída do partido?

Osmar: Estou acompanhando a formação do Podemos aqui no Paraná. Cheguei a conversar com o Ciro Gomes, líder nacional do PDT, sobre a minha situação: como o Álvaro será candidato ao cargo de presidente, eu quero liberdade para apoiá-lo. Ciro entendeu isso, mas não sei o resto do partido se vai entender e aceitar. Minha permanência ou não na legenda depende disso, eu quero ser candidato ao cargo de governador do Paraná e quero apoiar o Álvaro para o cargo de presidente, o Brasil precisa de gente séria neste momento tão difícil.

JM: Caso o senhor deixe o PDT, o deputado Marcio Pauliki e outras lideranças devem acompanha-lo?

Osmar: O Pauliki me acompanha há mais de 10 anos, desde que era presidente da Acipg. Acredito que se eu deixar o partido, boa parte do meu grupo irá me acompanhar, eles me acompanham há muito tempo. Quero apresentar um projeto viável para o Paraná em 2018, discutir os problemas de maneira séria e focada e para isso vou precisar de pessoas competentes do meu lado.

Quem

Formado em Agronomia na Faculdade Luiz Meneghel, em Bandeirantes, onde foi professor e diretor, Osmar Dias tem 65 anos de idade e já foi senador por dois mandatos, além de ter sido secretário de Agricultura do Paraná. Em 2006 e 2010, Dias disputou o cargo de governador e acabou derrotado por Roberto Requião (PMDB) e Beto Richa (PSDB), respectivamente. Afastado da vida pública desde 2010, Osmar ocupou até julho de 2016 o cargo de Vice-Presidente de Agronegócios e Micro e Pequenas Empresas do Banco do Brasil (BB). 

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