Comércio eleva vendas e indica recuperação

O mês de maio contrariou os anteriores no comércio e fechou com um saldo positivo nas vendas na comparação com o mesmo mês no ano anterior. O crescimento foi de 1,35%, pouco acima da média estadual, que foi de 1,12%, segundo a Pesquisa Conjuntural realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens do Paraná (Fecomércio Paraná). E segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Ponta Grossa (Sindilojas PG), José Loureiro, este foi o primeiro mês positivo de vários que estão por vir, para que as vendas sejam recuperadas e o comércio feche o ano no ‘azul’.

O resultado confirma a estimativa do comércio local, de que o Dia das Mães foi melhor do que no ano passado. E José Loureiro reconhece que parte desse sucesso é atribuído ao dinheiro liberado através das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, que naquele mês chegou ao terceiro lote. “Esse foi um fator que ajudou bastante. Não só a vender mais, mas também a reduzir a inadimplência. As lojas receberam um valor extra, e elevaram as vendas. Então isso ajudou bastante”, diz.

Como explicou Loureiro, como a pessoa limpa o nome ou paga dívidas, volta a ser um potencial comprador, circulando o dinheiro, favorecendo o crescimento para os próximos meses. Como o saldo do emprego está positivo no acumulado do ano, isso é um fator também levado em conta para a recuperação. “A gente acha que daqui para frente não vai mais negativo. Esse crescimento já não foi o que esperávamos, gostaríamos que fosse mais. Mas o importante é que se mantenha positivo”, explica.

Quatro, dos 12 setores do comércio, se destacaram em maio. Os maiores crescimentos foram em lojas de móveis, decoração e utilidades domésticas (alta de 62%) e lojas de departamentos (30%). No acumulado do ano, destaque para materiais de construção (alta de 21,4%) e lojas de departamentos (10,6%). Na loja de departamentos Havan há a confirmação de incremento nas vendas, tanto em maio quanto no acumulado do ano. “O Dia das Mães é um ‘segundo Natal’, as vendas foram bem expressivas, principalmente porque, por ser uma loja de departamentos, havia diversas opções”, explica Ângela Mendes do Vale, líder de setor da unidade em Ponta Grossa. 

No acumulado do ano, o resultado é ainda melhor. “Somente no primeiro trimestre a nossa loja cresceu 38%. Então realmente as vendas estão acontecendo e estamos bem otimistas”, relata Ângela, atribuindo isso às promoções e ao FGTS das contas inativa.

Vendas acumulam queda de 3,5% em 2017

Entre as sete regiões avaliadas, Ponta Grossa ocupou a posição intermediária no mês de maio. O desempenho foi inferior ao registrado nas regiões Sudoeste (8,4% de crescimento, impulsionado pela safra), Oeste (3,3%), Curitiba e Região Metropolitana (2%); e melhor que o desempenho de Londrina (0,68%), Litoral (-1,41%) e Maringá (4,7%) – estas duas últimas duas em queda. No acumulado do ano, Ponta Grossa registra queda de 3,5%, pouco abaixo da média estadual, de 2,4%.