Caminhoneiros estudam fazer uma nova paralisação no dia 30 | aRede
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Caminhoneiros estudam fazer uma nova paralisação no dia 30

Motoristas criticam as variações no preço do diesel e argumentam que governo federal não está fiscalizando a tabela de fretes

Última greve dos caminhoneiros durou 10 dias e aconteceu em maio de 2018
Última greve dos caminhoneiros durou 10 dias e aconteceu em maio de 2018 -

Da Redação

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Motoristas criticam as variações no preço do diesel e argumentam que governo federal não está fiscalizando a tabela de fretes 

Menos de um ano depois da paralisação que provocou caos e trouxe prejuízos incalculáveis em diversos setores, caminhoneiros de todo o Brasil podem voltar a se mobilizar no próximo dia 30 de março. Ao menos, esta foi a informação captada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que avalia possíveis ações que venham a impactar no governo futuramente. Alguns motoristas de Ponta Grossa, no entanto, acreditam que essa greve pode não ter tanto impacto quanto os dez dias de paralisação no fim de maio de 2018.

Para Neori Tigrão, sindicalista que representa a classe dos transportadores de Ponta Grossa e região, esse não é o momento ideal para que a categoria paralise as atividades. “O governo ainda está nos primeiros meses, acredito que agora é hora de negociar para que nossas reivindicações sejam atendidas, talvez uma greve prejudique a conversa com o governo”, avalia.

Uma das reclamações do setor é que as empresas não estariam cumprindo a tabela de fretes, e a outra se refere ao preço do diesel, com o pedido que os reajustes fossem feitos apenas mensalmente, e não com a possibilidade de serem feitos todos os dias, como ocorre atualmente. 

“O problema é que o governo não está cumprindo com o que foi acordado no ano passado para encerrar a greve, mas temos que dar tempo ao presidente para que tudo seja colocado em prática”, complementa o sindicalista. Caminhoneiros ouvidos pelo portal aRede em um posto de combustíveis às margens da BR-376 comentam que a conversa nos grupos fechados de Whatsapp – principal aplicativo usado para articular as manifestações do ano passado – apontaram para a paralisação geral neste sábado (30), mas que já há relatos desmobilizando a categoria.

Um desses motoristas, que pediu para não ser identificado por não representar nenhuma entidade responsável pelos movimentos, explicou que a ideia é pressionar o governo a ampliar a fiscalização da tabela de frete e, caso não haja qualquer avanço nos próximos 60 dias, aí sim organizar uma manifestação. “Os presidentes das associações já estão falando nos grupos em dar um prazo maior para o governo se adaptar e melhorar o nosso lado, e se não acontecer, vamos parar o Brasil de novo”, garante o motorista.

Nova greve pode ser adiada

Wallace Landim, o Chorão, presidente de associações que representam os caminhoneiros, reuniu-se com o Governo Federal nas últimas semanas, e com a diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), e também esteve junto com o secretário executivo do Ministério da Infraestrutura. Após essas reuniões, a promessa é de que o presidente Jair Bolsonaro se pronuncie nesta semana. Ele não acredita em uma greve nos próximos dias, pois o governo está ouvindo a classe, mas não descarta futuras mobilizações.

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