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Bolsonaro nomeia militares na direção da Itaipu

O general Joaquim Silva e Luna é o novo diretor-geral brasileiro e o vice-almirante Anatalício Risden Júnior o novo diretor financeiro executivo

O mandato tem validade até 16 de maio de 2022
O mandato tem validade até 16 de maio de 2022 -

Leonardo Carriel

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O general Joaquim Silva e Luna é o novo diretor-geral brasileiro e o vice-almirante Anatalício Risden Júnior o novo diretor financeiro executivo

Em decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (21), o presidente Jair Messias Bolsonaro e o ministro de Minas e Energia (MME), almirante Bento Costa Lima Leite, nomearam o novo diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Joaquim Silva e Luna, e o novo diretor financeiro executivo da empresa, vice-almirante Anatalício Risden Júnior. Eles substituem Marcos Vitório Stamm e Mário Antônio Cecato, respectivamente. A data da posse e o local da solenidade de transmissão de cargo ainda não foram definidos.

O mandato tem validade até 16 de maio de 2022. Os cargos de diretoria são renovados sempre a cada cinco anos e na data de 16 de maio, conforme prevê o parágrafo 3º do Anexo A do Tratado de Itaipu. 

Vasta experiência

Ex-ministro da Defesa e general de exército da reserva, Silva e Luna é o terceiro diretor com formação militar a ficar à frente da condução do lado brasileiro da empresa. Ele esteve à frente do Ministério da Defesa de 27 de fevereiro de 2018 a dezembro do mesmo ano e foi o primeiro militar a comandar a pasta.

Neste período, esteve na Itaipu para uma reunião com o então ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, e integrantes do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, em 13 de julho de 2018. 

Na ocasião, o general pôde conhecer melhor a estrutura da empresa e a importância de Itaipu como uma das infraestruturas críticas do País, tema do qual tem amplo conhecimento e formação. Para o novo diretor-geral, “o cargo é estratégico e requer uma boa bagagem em gestão”.

Com vasta experiência em planejamento estratégico, orçamento e gestão de projetos, ele comandará o lado brasileiro da usina em um momento relevante para a binacional, às vésperas da renegociação do Anexo C do Tratado de Itaipu, que dispõe sobre as bases financeiras e vence em 2023.

Outro desafio será o de dar continuidade ao processo de atualização tecnológica das unidades geradoras da usina. O prazo previsto do trabalho é de 14 anos e o investimento é de cerca de U$ 660 milhões. As propostas comerciais das empresas e dos consórcios interessados no trabalho devem ser apresentadas ainda no primeiro semestre de 2019.

Importância estratégica

Recordista em geração de energia no mundo, com mais de 2,6 bilhões de megawatts-horas (MWh) acumulados desde o início de sua produção, em 1984, Itaipu é um exemplo bem-sucedido de integração entre dois países em âmbito jurídico, político e diplomático.

Em 2003, a missão da usina foi ampliada e Itaipu passou a atender 29 municípios da Bacia do Paraná 3. Em 2017, esse número passou para 54 cidades da região Oeste do Paraná. Os benefícios atingem direta e indiretamente mais de 1,3 milhão de pessoas.

A binacional do Brasil e do Paraguai conta com um orçamento anual da ordem de US$ 3,5 bilhões, sendo 70% deste montante destinado ao pagamento da dívida da construção, que será quitada em 2023, incluindo juros e amortizações. No ano passado, a hidrelétrica abasteceu 90% do mercado de energia elétrica brasileiro e 15% do paraguaio.

Em termos turísticos, Itaipu também é uma gigante, tendo ultrapassado a marca de milhão de visitantes em 2018, recorde anual de visitação. No ano passado, 1.024.667 turistas passaram pela usina. No total, os atrativos turísticos da hidrelétrica já receberam mais de 22 milhões de visitantes desde a abertura de suas portas à comunidade, em 1976.

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