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Atirador de Campinas estava desempregado e vivia com o pai

Ele era órfão de mãe há oito anos e vivia em uma casa de classe média em Valinhos (SP)

Euler Grandolpho, de 49 anos, matou 4 pessoas e se suicidou.
Euler Grandolpho, de 49 anos, matou 4 pessoas e se suicidou. -

Da Redação

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Ele era órfão de mãe há oito anos e vivia em uma casa de classe média em Valinhos (SP)

Euler Grandolpho, de 49 anos, não era casado nem tinha filhos. Órfão de mãe há oito anos, morava com o pai em bairro de classe média de Valinhos (SP). Segundo um amigo, era “um cara inteligente”. Dono de oficina mecânica, o amigo ficou surpreso com o caso. “Estive com ele no sábado. Não sei o que deu na cabeça dele.” Nos últimos meses, Grandolpho vendeu um carro e uma moto. “Disse que estava com muitos gastos.”

Identificado como analista de sistemas, Grandolpho assumiu em 2012 o cargo de auxiliar de promotoria do Ministério Público Estadual, mas foi exonerado em 2014. Estava desempregado há quatro anos.

Aposentado, o pai de Grandolpho é ministro da eucaristia em uma igreja de Campinas. “Uma família muito boa”, disse uma mulher ligada à paróquia. Amigos dizem desconhecer se ele tinha problemas psiquiátricos e parentes deixaram o Instituto Médico-Legal ontem sem falar com a imprensa.

Vítimas

Um dia após ao ataque na Catedral de Campinas (SP) que terminou com quatro pessoas mortas e quatro feridas, a quarta-feira (12) será de buscas por respostas sobre o crime por parte da Polícia Civil. A Arquidiocese realizará às 12h15 missa em memória dos fiéis mortos, que deverão ter os corpos liberados pelo IML e velados durante o dia.

A Polícia Civil esteve na casa do atirador, que morava com o pai, e apreendeu caderno, anotações e notebook de Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos. O material ainda será analisado pela perícia. Não se sabe até agora a motivação do crime

Morreram no ataque na Catedral de Campinas: Sidnei Vitor Monteiro, 39 anos; José Eudes Gonzaga, 68 anos;  Cristofer Gonçalves dos Santos, 38 anos; Elpídio Alves Coutinho, 67 anos.

Das quatro pessoas feridas, duas receberam alta na noite de terça e duas permaneciam internadas:andira Prado Monteiro, de 65 anos, atingida no tórax e na mão; ela passou por cirurgia e está em observação. Ela é mãe de Sidnei Monteiro, que morreu na igreja.

Heleno Severo Alves, de 84 anos. Ele foi atingido no tórax e abdômen, passou por procedimento cirúrgico e está na UTI, em estado grave.

‘Ele não disse nada antes de atirar. As pessoas começaram a correr’

No início da tarde desta terça-feira, 11, o aposentado Pedro Rodrigues, de 66 anos, conta que passou em frente à Catedral Nossa Senhora da Conceição, no centro de Campinas. Apesar de ser evangélico, sentiu que deveria entrar e fazer uma oração. Iniciada às 12h15, a missa já estava acabando. Aos poucos, as pessoas foram deixando o local, mas cerca de 20 pessoas continuaram rezando mesmo com a saída do padre, relata o aposentado. “Foi muito rápido”, diz.

Sentado em um banco na diagonal da frente, um homem levantou de repente e se virou com uma pistola 9 mm na mão. “Só vi que tinha um casal, ele atirou uma vez em cada um e eu saí correndo”, diz

Identificado pela polícia, o atirador era Euler Grandolpho, de 49 anos, que teria iniciado um ataque a esmo contra os fiéis. Após ser baleado pela PM, ele teria se matado com um tiro na cabeça. O motivo do ataque é investigado.

“Ele não disse nada antes de atirar. As pessoas começaram a correr”, afirma Rodrigues. “Na hora, já pensei que era uma chacina.”

O aposentado conseguiu sair da igreja sem ser atingido. Na porta, parou para respirar, mas viu um homem baleado no ombro, tentando fugir. “Fiquei com medo e sai correndo até a rua.”

Os PMs chegaram em questão de segundos. “Ouvi muita sirene, mas não sabia o que estava acontecendo”, comentou o vendedor de uma loja de móveis. “Na hora, a gente não sabe se fecha a porta ou se tenta ajudar. As pessoas saíam correndo, gritando, chorando. Fiquei com muito medo”, descreveu uma colega.

À tarde, a praça ficou tomada por curiosos, e a perícia teve de isolar o perímetro da igreja. Com celular, as pessoas gravavam autoridades dando entrevista ou faziam imagens da catedral.

Entre elas, faziam especulações sobre o motivo do crime. No Whatsapp, mostravam umas às outras a foto do atirador, de camisa azul, caído próximo ao altar. A maioria dizia nunca ter visto Grandolpho antes.

 Informações Banda B

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