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Utilização de peças de mobiliário antigas requer atenção

Decorar a casa com algo que jamais será usufruído pelos moradores é uma armadilha. Projeto deve ser adequado ao perfil

A cristaleira foi restaurada e recolocada em um ponto de destaque na sala
A cristaleira foi restaurada e recolocada em um ponto de destaque na sala -

Fernando Rogala

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Decorar a casa com algo que jamais será usufruído pelos moradores é uma armadilha. Projeto deve ser adequado ao perfil

Uma poltrona de leitura onde ninguém tem o hábito de ler. Uma piscina que há anos não é utilizada e serve apenas para dar despesa ou, pior, ser um atrativo para doenças. Não é raro nos depararmos com objetos e, até mesmo, ambientes que não possuem a menor utilidade dentro de casa. Para não cairmos nessa armadilha de decorar a casa com algo que jamais será usufruído pelos moradores, profissionais esclarecem como é fundamental criar um projeto adequado ao perfil do cliente e sua família.

De acordo com a arquiteta Fernanda Andrade, o ideal é conversar com o cliente e entender quais são seus hábitos e desejos, evitando inserir no projeto objetos que não serão usados, mesmo que ele peça. “Temos que interpretar, através das conversas, o que o cliente realmente precisa e vai usar. Descobrir uma maneira de realizar os sonhos dele, propondo soluções que ele se identifique e sejam realmente utilizadas. A casa é um local íntimo que deve ser prazeroso de estar e onde possamos usar cada espaço projetado”, revela.

A designer de ambientes Fabiana Visacro acrescenta que para não cair nessas armadilhas de querer adquirir uma coisa que você acha que vai compor o projeto, mas na verdade não será útil para a vida de ninguém, é importante conhecer bem a rotina e a dinâmica da vida de todos os membros da família. “Quando falamos em elefante branco, nem sempre é um objeto, mas, também, um espaço que às vezes é morto dentro de casa e poderia trazer para a família muitos ganhos e benefícios. A partir da escuta isenta, atenta e empática, você entende e se coloca no lugar do cliente e sabe o que vai fazer sentido para ele”, pontua.

E Fabiana teve um exemplo disso em um de seus projetos. Os clientes tinham um ambiente em casa onde gostariam de fazer uma biblioteca. Ao chegar no local e avaliar a estrutura da família, percebeu que eles estavam equivocados quanto à real necessidade deles, pois o pai trazia para casa muita coisa do trabalho que ficava espalhado por todos os cantos. Um total descontrole organizacional que, também, implicava em descontrole financeiro. Assim, a designer percebeu o que seria ideal para aqueles clientes: um escritório. “A família tinha uma certa desorganização na vida financeira e isso implica em desastre pessoal. Quando você tem responsabilidades, isso afeta diretamente e drasticamente nos objetivos familiares. Com os materiais do trabalho do pai espalhados, a casa ficava sem espaço para outras coisas”, diz. “Vi naquele cômodo que queriam transformar em biblioteca uma outra necessidade, a de se ter um escritório. Então eu consegui pegar um ambiente que seria destinado para um uso familiar e o destinei à vida profissional dele. E, assim, a casa e a família inteira iam ganhar com isso. Ganhar em organização e, ainda, um bem maior, que era em relação ao sentimento do pai, em poder trabalhar em cima de seus objetivos e suas metas sem perder o foco. Todos saíram ganhando”, completou.

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