Celebração em PG homenageia servas jubilares
Três de doze irmãs festejaram 65 anos de vida religiosa
Publicado: 23/10/2018, 17:20
Três de doze irmãs festejaram 65 anos de vida religiosa
Uma celebração no domingo (21) marcou os jubileus de prata, ouro, diamante e platina da vida religiosa de 12 ‘irmãs’ da congregação Servas Missionárias do Espírito Santo. Três delas, Marianne Weis, alemã e que veio para o Brasil em 1954; Theresinha Volker e Mariamicaela Escalquette, festejaram 65 anos de missão (Bodas de Platina). Lenita Romanini (Maira Romanini) e Elviramaria Rodrigues comemoraram seus 60 anos na congregação. A homenagem incluiu ainda as irmãs Marta Maria Arnhold, Elma Schibel, Maria Sônia Muller, Ivone Maria Kleinubing e Zinilda Zeni (50 anos), e, Hilda Rodrigues da Silveira e Isolde Linck (25 anos).
Em Ponta Grossa desde 1905, a congregação é responsável pelo Colégio Santana e pelo Convento Espírito Santo, construído em 1962, onde ficam as religiosas idosas, as doentes, as jovens em formação e a direção provinciana. A presidente da Associação Missionária de Beneficência, mantenedora da congregação, Olmira Bernardete Dassoler, está entre as que fez seus votos em Ponta Grossa, em 1972, ainda que, atualmente, resida em Medianeira. A irmã faz parte do Conselho Provincial e coordena a equipe de Educação da Província do Sul, já que é pedagoga e tem doutorado em Educação.
Ela conta que a congregação chegou ao Brasil em 1902, primeiramente em Juiz de Fora (MG), depois mandando religiosas para São José dos Pinhais e Ponta Grossa, onde vieram a fundar um colégio para atender filhos de imigrantes alemães. “A primeira sede era ali perto do Ponto Azul, onde funcionou o Colégio São Luiz. Depois, veio o Colégio Santana. Naquela época, tínhamos ali também o Internato, noviças e postulantes”, rememorou, citando que, com o crescimento no número de alunos, tiveram que adquirir a área onde está o Convento, em Uvaranas.
No convento, são três casas. Uma para abrigar as jovens que estão no postulantado, outra para o noviciado, e o Centro de Terapias Integradas, que oferece ao público Pilates, Psicologia e Massoterapia. A estrutura é mantida com as aposentadorias das religiosas e a transferência de caixa feita pelos colégios da congregação, que está nos cinco continentes. No mundo, são 3.020 irmãs. No Brasil, existem duas províncias, a do sul, com 123 religiosas, e, a do norte, com 98. As servas tem comunidades pastorais e unidades de saúde complementar em Cascavel, Ortigueira, Medianeira, Porto União (SC), Canoas e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e em Jaru, em Rondônia, Placas, no Pará, Manaus, no Amazonas, São Paulo e Minas Gerais.
A irmã Mariamicaela Escalquette, natural do Espirito Santo, tem 87 anos e celebra 65 de vida religiosa consagrada. “Sou sempre feliz e nunca me arrependi de ter entrado, de ter trabalhado muito em escolas, nas pastorais. A felicidade se traz dentro da gente. Sejam alegres, sejam felizes, procurem dar um sorriso sempre. Isso atrai”, orientava. A colega, irmã Maria de Lourdes Pinto, que morou com Micaela em 2007, destacou que o testemunho de vida é tudo. “O ardor missionário que ela traz no coração mexe muito com a gente, nos enche de alegria e anima as jovens na caminhada”, acrescentou.
Formação
Quatro irmãs da Província são liberadas totalmente para a Pastoral Vocacional, que funciona em cada região do País, visitando as famílias, fazendo encontros. “E as jovens que tem essa inspiração, que gostariam de conhecer mais a congregação são chamadas a ter um ou dois dias de vivência nas comunidades”, explicou. São convidadas jovens entre 16 e 17 anos, que tem Ensino Fundamental completo e que estejam cursando o Ensino Médio. As etapas vão do juvenato, aspirantado, postulantado, noviciado e juniorato, onde as candidatas professam os primeiro votos e recebem a cruz. “Somos missionárias servas do Espírito Santo. A cruz traz sobre o Cristo o Espírito Santo, e, a própria palavra de Jesus diz ‘quem quiser me seguir, tome sua cruz e me siga’. Junto com a alegria do serviço, do estar à disposição, também tem as cruzes”, esclareceu irmã Olmira. Depois do juniorato, que dura de seis a nove anos, são professados os votos perpétuos, quando a jovem recebe o anel, e professa os votos de castidade, pobreza e obediência.