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Bolsonaro quer campo de refugiados em Roraima

Em entrevista, o deputado falou sobre temas polêmicos

Em entrevista, o deputado falou sobre temas polêmicos/Foto: Reprodução Estadão
Em entrevista, o deputado falou sobre temas polêmicos/Foto: Reprodução Estadão -

Da Redação

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Em entrevista, o deputado falou sobre temas polêmicos

 Depois de adotar um discurso mais atraente ao mercado, com propostas de cunho liberal, o pré-candidato do PSL à Presidência, deputado federal Jair Bolsonaro, retomou temas polêmicos. Em entrevista ao Estado, ele defendeu a construção de campos de refugiados para venezuelanos que chegam ao Brasil. “Já temos problemas demais aqui”, disse ele, que falou em um quiosque no Posto 4 da Barra da Tijuca, próximo à sua casa, no Rio. Mesmo filiado a um partido com poucos recursos, Bolsonaro, que lidera pesquisas de intenção de voto em cenários sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio da Silva, disse que está “muito satisfeito” com a estimativa de que poderá gastar até R$ 3 milhões na campanha ao Planalto.

O senhor filiou-se a um partido pequeno, com pouco tempo de televisão e poucos recursos. Como pretende fazer campanha?
Eu não tenho obsessão para chegar lá. Quem vai decidir se eu vou estar lá ou não vai ser o povo brasileiro. Se eu for fazer a mesma coisa que os outros, procurar alianças, recursos, e com as alianças vier o tempo de televisão, eu estarei me igualando aos demais pré-candidatos.

Caso vença a eleição, como o senhor pretende governar em minoria no Congresso?
Eu serei o único pré-candidato que, quando começarem as eleições, já terei todo o ministério apresentado. Eu não vou esperar acabarem as eleições, como todo mundo faz, a futura vitória nas urnas, e depois ir para os porões do Jaburu juntar com as pessoas conhecidas de sempre do Legislativo, para lotear o governo. Para fazer a mesma coisa, estou fora.

O que o senhor acha do movimento LGBT? 
É uma minoria que ganha dinheiro em cima disso. Agora, a maioria dos homossexuais vota em mim hoje em dia, acredite se quiser.

Como sabe disso?
O pessoal conversa comigo.

Mas acha que os direitos humanos seriam só voltados para marginais?
Hoje em dia é isso que é verbalizado para qualquer um aqui. Se você perguntar para qualquer um que passa no calçadão eles vão te responder isso aí. Geralmente eles têm advogados, têm gente que os aconselham como proceder, e estão sempre do lado da bandidagem, nunca do lado do agente da lei.

No seu governo como seria a pasta dos Direitos Humanos?
Atender às vítimas da violência e ponto final.

O senhor vai atuar para a criação de uma bancada da metralhadora, mesmo?
O que eu falei foi que as bancadas de segurança, que é conhecida pela bancada da bala, vai aumentar e muito. Que a violência é o que tá cabeça de todo mundo como o primeiro assunto a se buscar uma solução para ele.

O senhor tem assumido um pensamento liberal em assuntos econômicos. Contudo, historicamente, o senhor sempre defendeu um Estado mais intervencionista, nacionalista. O que mudou?
Bem, só os hipócritas não evoluem. Outra coisa, eu tenho formação militar, fiquei 16 anos no exército brasileiro. Naquela época, você tinha que ter as estatais, você não tinha outra maneira de fazer o Brasil crescer. Agora, as estatais naquela época eram muito melhor administradas do que eram hoje. Tinham muitos coronéis nas estatais. Existia corrupção? Sim, mas não nesse nível que é hoje. Hoje, as estatais são foco de corrupção, infelizmente. A partir desse princípio, buscando a produtividade a transparência, hoje mesmo conversei com o Paulo Guedes, esse assunto eu nem toco mais com ele, acho que no primeiro ano, dá para um terço das estatais serem privatizadas ou extintas.

O senhor elogia o presidente Donald Trump (Estados Unidos) como um modelo. Recentemente, ele adotou uma política unilateral sobre as importações de aço, que pode afetar diretamente milhares de empregos no Brasil. O que senhor acha disso? Governar unilateralmente é o melhor caminho?

Ele está partindo para o bilateralismo, essa é a intenção dele. Gostaria também de fazer a mesma coisa, acho que fica muito mais livre, porque nós temos o que oferecer para o mundo. A política do Trump eu vejo com bons olhos, apesar de não ser economista e, pelo que vejo do Paulo Guedes, muita coisa dá para aproveitar.

Como o senhor viu o fuzilamento de brasileiros envolvidos com tráfico de drogas (na Indonésia)?

Alguém quer levar drogas para a Ásia hoje em dia? Eles ficaram livres do problema. Eles sabem que a lei é essa lá, tanto é que lá é vendida mais cara a droga. Conseguiram o que buscavam. Eu mesmo, quando teve o caso lá do Marcelo Archer, era o Ban Ki-Moon, se não me engano, (na verdade era Joko Widodo), eu fiz um documento e o cumprimentei pela decisão.

O senhor apoiaria que fosse assim no Brasil?

A nossa Constituição veda pena de morte aqui. Só uma nova Assembleia Nacional Constituinte pode buscar isso. Só não buscarei isso por um motivo simples: não vai ser aprovado. Então, eu não vou lutar por algo que não vai ser aprovado. Agora, pretendo lutar por prisão perpétua.

O senhor seria a extrema-direita no País?
O que é extrema-direita? Isso é terrorismo, eu sou terrorista? Extrema no mundo todo é terrorista. Estão tentando me associar a terroristas. Eu sou de direita. Mas extrema-direita, jamais.

Por quê?
Os caras querem me rotular como terrorista, como um elemento que não tem diálogo, que quer tudo na pancada, isso que eles querem.

Qual a estratégia para as eleições, para atingir um público mais amplo?
A gente continua fazendo a mesma coisa. Mas tem um detalhe, quem cerra comigo não deixa de continuar do meu lado. É diferente dos demais. Estou há três anos rodando o Brasil. Quando dou uma palestra, o cara acredita no que eu falo, é simples. Inclusive uso a máxima bíblica, João 8:32, "conhecereis a verdade e a verdade vos libertará". Não tem como nós dois casados não vivermos na verdade, na mentira, mais cedo ou mais tarde, vai acabar nosso casamento. Assim é uma liderança política.

Informações Estadão

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