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Secretários discutem agroecologia para os próximos anos

Evento Agroecológico começou nesta terça em Pinhais para debater as metas e desafios na Região Metropolitana de Curitiba, Litoral e Vale do Ribeira.

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Fernando Rogala

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Os secretários de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes, participaram nesta terça-feira (21) da abertura do encontro Paraná Agroecológico, que discute os avanços da Agroecologia no Paraná para os próximos três anos. No evento realizado no Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (CPRA), em Pinhais, foram discutidas as metas e desafios da Região Metropolitana de Curitiba, Litoral e Vale do Ribeira.

Outros encontros do Paraná Agroecológico devem acontecer até abril do próximo ano nas regiões Norte, Noroeste, Sudoeste e Oeste do Estado. Os avanços passam pela reestruturação do Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (CPRA), cuja proposta para o período 2019/22 foi entregue pelo presidente do órgão, João Carlos Zandoná, aos secretários de Estado.

De acordo com Ortigara, o desafio é aumentar a produção agroecológica e orgânica em uma região como a RMC, que demanda muita atenção por ser local de captação de água para o consumo. “Se não cuidarmos disso agora, com a redução na aplicação de agrotóxicos na produção agropecuária, no futuro será necessário buscar água para o abastecimento de Curitiba distante cerca de 100 quilômetros”, disse.

Por isso, acrescenta Ortigara, há o envolvimento da Sanepar com atenção à Agroecologia, que deverá se expandir com projetos de intervenção nas 345 áreas de captação de água no Paraná com ações concretas na área ambiental.

O secretário João Carlos Gomes destaca que a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior é uma grande parceira do Centro Paranaense de Referência em Agroecologia e de outros projetos da área. Segundo ele, a pasta mantém 13 bolsistas no Centro para execução dos projetos e apoia também um mestrado profissionalizante em Agroecologia na Universidade Estadual de Maringá (UEM), que fomenta trabalhos de pesquisa na área.

Ele completa que, além disso, a secretaria investiu cerca de R$ 8 milhões no Programa de Certificação de Alimentos Orgânicos, que resultou na liderança nacional do Estado neste tipo de certificação. Atualmente há em torno 2 mil propriedades certificadas. Segundo Zandoná, o Paraná conta cerca de 10 mil produtores que já praticam a agricultura de base ecológica e estão na fase de transição ou certificação.

Hortaliças Saudáveis

Desde novembro de 2016, bolsistas e técnicos do CPRA acompanham uma rede de 22 propriedades rurais agroecológicas no entorno de Curitiba. O objetivo é fazer um diagnóstico das principais demandas e oportunidades para que a produção orgânica na região chegue a novos patamares. Mais qualidade de vida para os agricultores e maior eficiência nos sistemas de produção são algumas das metas almejadas pelo projeto Produção em Base Agroecológica na Região Metropolitana de Curitiba.

Este projeto se encaixa no âmbito do programa Hortaliças Saudáveis, estratégico para a Secretaria de Agricultura e do Abastecimento. “A Região Metropolitana de Curitiba é uma área ambientalmente sensível. Há presença de muitos mananciais e, no entanto, ainda encontramos práticas incorretas de manejo de solo e mesmo uso incorreto ou indevido de agrotóxicos”, disse o diretor adjunto do CPRA, Márcio Miranda.Ele destaca que nas propriedades orgânicas ou agroecológicas, porém, esses problemas são minimizados – ou inexistentes. Por isso, a agroecologia é uma aposta inteligente não só para os agricultores mas também para o poder público.“Na primeira fase de nosso projeto fizemos um diagnóstico detalhado da área e das propriedades selecionadas. Agora queremos compartilhar nossos resultados com a comunidade e encaminhar propostas para a melhoria dos sistemas produtivos que temos acompanhado”, disse Miranda.

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