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Empresário da indústria no Paraná está mais confiante em junho

O levantamento já considera os últimos desdobramentos no cenário político

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Fernando Rogala

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Indicador mensurado mensalmente pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) mostra que o industrial paranaense passou de pessimista para otimista no mês de junho. O Índice de Confiança da Indústria de Transformação registrou um acréscimo de 2,9 pontos e um acumulado de 52,1 pontos.

O levantamento já considera os últimos desdobramentos no cenário político. E, apesar disso, tradicionalmente junho registra alta no humor da indústria por conta do aumento das atividades industriais, as condições da empresa tiveram um acréscimo de 4,3 pontos.  Contribuem para a manutenção da confiança do empresário o ambiente interno de negócios. “O industrial paranaense está apostando na sua capacidade produtiva e de realizar negócios”, explica Edson Campagnolo, presidente da Fiep.

O aumento é reflexo da melhoria das condições internas e externas para a atividade industrial– que teve um acréscimo de 3,8 pontos e um total de 48,6 em junho –, mas segue na área de pessimismo. Nos últimos três meses, o indicador evidencia oscilações. Em abril, o índice registrou 49 pontos, no mês seguinte recuou para 44,8.  “As oscilações são um reflexo da instabilidade política e econômica do país. Há momentos em que o cenário de negócios é mais favorável e, em outros, o ambiente fica mais hostil. O empresário tem dificuldades para fazer o planejamento da sua empresa e isso fica claro quando olhamos os indicadores”, conclui o presidente da Fiep.

Além disso, o industrial também se diz mais otimista em relação às expectativas – sobre o ambiente de negócios e de sua empresa. O indicador que mede as expectativas subiu 2,5 pontos em junho e chegou ao patamar de 53,8 pontos.

Nível de produção

Em maio, os indicadores que registram o nível de produção da indústria paranaense mostraram que o nível de produção e de atividade futura apresentam resultados positivos. O volume de produção em relação a abril teve um aumento de 39,7 para 54,7 pontos A utilização de capacidade instalada também teve um acréscimo e saiu de 34,4 para 40,3 pontos.

Os indicadores que medem o cenário atual apresentaram resultados inconclusivos já que alguns índices tiveram melhora e outros piora.  A evolução do número de empregados passou de 47,8 para 48,8 pontos enquanto os estoques de produtos caíram de 57,4 para 49,0 pontos.

Os resultados são positivos para os indicadores que mensuram a produção futura.  A demanda por produtos passou de 49,9 para 53,3; o número de empregados cresceu pouco, de 46,0 para 46,7 pontos; a compra de matéria-prima teve um leve aumento de 49,0 para 51,7 e a quantidade exportada passou de 51,7 para 55,3 pontos.

Industrial da construção civil está pessimista

Ao contrário do industrial da indústria de transformação, o empresário da construção civil está pessimista. Depois de quatro meses consecutivos com expectativas otimistas, o industrial perdeu 6,7 pontos na confiança. Em junho, o índice de confiança da indústria de construção registrou 49,1 pontos.

O motivo pela maior queda na confiança do industrial da construção é o fato de o setor ter uma interdependência com o setor público. “Por conta da instabilidade política que se instalou no país, não tivemos investimentos significativos em programas de infraestrutura ou construções ligadas ao setor público. Por outro lado, a construção de prédios e edifícios teve uma diminuição por conta da indisponibilidade e maior restrição do crédito habitacional. O industrial da construção precisa que o ambiente político traga mais estabilidade para a economia e para o ambiente de negócios para voltar a investir em projetos”, pondera Campagnolo.

A queda na confiança é atípica para o mês de junho. Tradicionalmente junho é um mês de aumento no Índice de Confiança da Indústria de Construção. O humor do industrial está pessimista principalmente por conta da queda de -7,4 pontos no índice de condições, que atingiu 42,0 pontos em junho, pela segunda vez consecutiva na área de pessimismo.

As expectativas também caíram 6,2 pontos, mas ainda mostram uma perspectiva otimista, ao registrar 52 pontos. “O industrial está pouco confiante, mas acredita que é possível retomar o crescimento”, pontua o presidente da Fiep.

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